Eleições 2010

Fale conosco
 
 

Notícias » Eleições » Eleições

 Em Araraquara, Serra ataca governo Lula e "violência do PT"
23 de outubro de 2010 15h34 atualizado às 17h15

Para o presidenciável José Serra (PSDB), esta forma de governar está se esgotando e o governo Lula tem dois ou três escândalos por dia. Foto: Lucas Tannuri /Futura Press

Para o presidenciável José Serra (PSDB), esta forma de governar está se esgotando e o governo Lula "tem dois ou três escândalos por dia"
Foto: Lucas Tannuri /Futura Press

Marcela Rocha
Direto de Araraquara

O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, fez duras críticas ao que chama de "modelo petista" durante visita a Araraquara, no interior de São Paulo, neste sábado (23). Para ele, esta forma de governar está se esgotando e o governo Lula "tem dois ou três escândalos por dia". O candidato afirmou que o uso da máquina pública pelo governo para atacar adversários é, como diriam os espanhóis, "comun y corriente (comum e corrente), habitual neste governo".

Ao lado de governador do Estado, Alberto Goldman, do senador eleito, Aloysio Nunes e do governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin, Serra fez ataques ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, e criticou a falta de planejamento do programa, que é a principal plataforma eleitoral de sua adversária Dilma Rousseff (PT).

O tucano afirmou que os governistas fazem mais propaganda do que as obras efetivamente e os chamou de "profissionais da mentira e da violência". "Quando é pego com a mão na cumbuca, diz que todo mundo faz isso. Mas não faço não".

Goldman e Aloysio Nunes também fizeram discursos bastante críticos em relação ao governo federal. "Eles organizaram grupos de corrupção que começaram nas prefeituras e o secretário particular do presidente Lula acabou de ser denunciado", afirmou o governador de São Paulo, em referência à denúncia contra Gilberto Carvalho feita na edição da revista Veja desta semana - de que o secretário pediria ao Ministério da Justiça a produção de dossiês contra adversários - e as acusações de recebimento de propina em administrações petistas de Santo André, no ABC paulista. Ele ainda comparou Lula a Hitler e disse que o governo ameaçou as prefeituras.

Aloysio Nunes criticou o comportamento da militância do PT e referiu-se aos adversários por "chavismo vagabundo": "trata-se de uma tropa de choque fascista treinada e dirigida pelo PT".

Serra aproveitou também para falar das agressões que sofreu no segundo turno. "É um episódio de violência, mas o pior foi a organização deles para não nos deixar passar. Isso é o que gera violência. Aconteceu comigo várias vezes... aqui mesmo entrou um rapaz. Imagina, entrar um petista no meio de uma reunião para agitar, é uma procura por encrenca".

Serra se referia a um agente escolar que subiu no palco do salão onde ocorreu o encontro e começou a gritar, protestando contra a política adotada por Serra referente à valorização do trabalho dos professores. O manifestante é funcionário de uma escola que reivindica reajuste salarial não só para professores.

Terra Magazine