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TSE: Lewandowski compara atentado em Sergipe a 11 de setembro

20 ago 2010 - 11h19
(atualizado às 13h23)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral Ricardo Lewandowski comparou nesta sexta-feira (20) o atentado sofrido pelo presidente do Tributal Regional Eleitoral de Sergipe, Luiz Mendonça, a um "11 de setembro" para os magistrados. A declaração foi feita durante encontro de presidentes de TREs que está sendo realizado em Brasília.

"A partir desse 18 de agosto, que será o nosso 11 de setembro, precisamos mudar a cultura em relação à segurança dos nossos magistrados", disse Lewandowski, comparando a data do dia do atentado ao desembargador de Sergipe com os atentados que os Estados Unidos sofreram em 11 de setembro do 2001, que resultou na queda da Torres Gêmeas de Nova York.

O presidente do TSE afirmou que uma das hipóteses para o atentado pode ser uma ligação com uma queima de urna eletrônicas ocorrida no interior de Sergipe (Canindé de São Francisco). "Os autores do evento (a queima) que foram alcançados pela justiça exerceram vingança. Essa é uma das possibilidades", disse.

Lewandowski defendeu a criação de quadros de servidores concursados, especializados em segurança, para garantir a proteção dos magistrados. Segundo ele, atualmente a cultura de segurança está mais voltada para o lado patrimonial, "desdenhando" a segurança pessoal dos integrantes dos tribunais. "O juiz é despojado, em geral dispensa segurança, mas a realidade mudou e nós temos que mudar com essa realidade", afirmou.

Ao defender novos hábitos de segurança, Lewandowski citou medidas como a alteração de itinerários e o cuidado na divulgação das agendas dos juízes, em especial em relação a lugares públicos onde os magistrados estarão.

"Há uma perplexidade muito grande entre os juízes eleitorais, porque até hoje eles sempre foram respeitados. Agora as coisas estão mudando, infelizmente. Mas a segurança é um problema não só dos magistrados, mas da sociedade", avaliou.

O carro de Mendonça foi alvejado com mais de 30 tiros no momento em que ele saía de casa para o trabalho. O desembargador retornou ao trabalho na manhã desta quinta-feira (19), mas não compareceu ao encontro de Brasília. Seu motorista, baleado no atentado, continua internado em estado grave.

Fonte: Especial para Terra
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