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Egito decide sacrificar todos os porcos do país

29 abr 2009 - 10h54
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O Governo egípcio decidiu hoje sacrificar todo o gado suíno do país, calculado em 300 mil cabeças, informa a agência de notícias governamental "Mena".

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, realizou hoje uma reunião com o comitê do Ministério da Saúde encarregado de estudar a possível incidência da gripe suína no país, após a qual a decisão foi anunciada, segundo a agência oficial.

Esta é a primeira iniciativa deste porte adotada por um Governo desde o surgimento do foco de gripe suína no México.

O ministro da Saúde egípcio, Hatem El-Gabaly, disse que o Executivo do país "resolveu começar a sacrificar toda a população suína existente no Egito a partir de hoje".

Em seu anúncio, o ministro acrescentou que alguns animais serão examinados para saber se têm alguma doença, mas que todos serão sacrificados independentemente do resultado das análises.

Apesar do sacrifício dos porcos, os produtos derivados dos animais serão conservados e vendidos ao público, disse o ministro da Agricultura egípcio, Amin Abaza, citado pela agência "Mena".

O Egito também decidiu iniciar um plano para controlar o tráfico de pessoas nas fronteiras terrestres, além de portos e aeroportos.

O objetivo é controlar viajantes provenientes de países nos quais houve casos confirmados de infecção do vírus da gripe suína, apontou Shahin, ressaltando que não há voos diretos entre Egito e México.

Além disso, o Executivo egípcio revelou que o país dispõe de uma reserva estratégica de quase 2,5 milhões de doses do antigripal Tamiflu, assim como matéria-prima para produzi-lo, além de máscaras, luvas e desinfetantes.

A maioria da população egípcia é muçulmana, e por isso, o gado suíno é muito pequeno. Os produtos derivados do porco são consumidos pela comunidade cristã, que representa ao redor de 10% de uma população total de quase 80 milhões de habitantes.

O mesmo ocorre em outros países do Oriente Médio, exceto no Líbano, onde os cristãos são 40% da população. O consumo de carne suína também é muito pequeno em Israel.

EFE   
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