Ao acordar durante a semana e deparar-se com o frio e a chuva lá fora, levantar da cama para encarar as aulas de física pode se tornar um desafio ainda maior para os estudantes, que querem mesmo é se enrolar debaixo das cobertas. No entanto, os fenômenos que chegam com o inverno são prova de que a física não se limita aos livros. Pelo contrário: está presente no cotidiano, seja em garrafas térmicas ou no calor da lareira.
Primeiro, é preciso esclarecer o porquê dos livros de ciências fazerem questão de distinguir as palavras "calor" e "temperatura". Para transformar a percepção térmica subjetiva em fator científico, foi criada a medida "temperatura", grandeza física que quantifica o quente e o frio. O "calor" é o que provoca a variação entre esses dois extremos, definido pela física de forma um pouco diferente daquela que ensina o senso comum. "Calor é a energia transmitida a um corpo para que ele fique mais quente ou a energia que esse corpo perde para resfriar-se", explica o professor de Física do Cursinho da Poli (SP), Bassam Ferdinian.
Ferdinian acrescenta que o recebimento ou a perda de calor é também o que ocasiona a mudança de estado físico, fenômeno que promove a geada e a neve. A medição da temperatura pode ser feita em três escalas: Celsius, utilizada no Brasil; Fahrenheit, usada em países como os Estados Unidos; e Kelvin, adotada pelo Sistema Internacional de Unidades que marca zero absoluto, equivalente a - 273°C.
O nascimento no Pará dos gêmeos que dividem o mesmo corpo é mais um caso de malformação genética registrado na medicina. Confira a seguir fotos de outros casos e leia aqui sobre o motivo da deformidade e se é possível duas pessoas viverem grudadas
Foto: Reuters
Na imagem de 2009, os gêmeos siameses na Indonésia, que morreram cinco dias após o nascimento
Foto: AFP
Maria Teresa e Maria de Jesus Quiej-Alvarez são mostradas nesta foto tirada em 8 de junho de 2002 no Hospital Infantil Mettel, em Los Angeles, Califórnia. Com um ano de idade, as gêmeas siamesas da Guatemala foram separadas no dia 5 de agosto de 2002. A cirurgia rara e, por vezes, arriscada durou 22 horas e foi considerada um sucesso
Foto: Getty Images
O pai das siamesas, Wenceslao Quiej, é registrado com as filhas Maria de Jesus Quiej-Alvarez e Maria Teresa Quiej-Alvarez em 4 de agosto, em Westwood, Califórnia
Foto: AFP
Maria Teresa e Maria de Jesus estão juntas no hospital da Universidade da Califórnia, Los Angeles. As gêmeas siameses foram separadas em agosto de 2002
Foto: Getty Images
Os gêmeos siameses egípcios Ahmed e Mohamed Ibrahim, em Dallas, Texas, onde realizariam a cirurgia de separação que foi considerada um sucesso
Foto: Getty Images
As gêmeas siamesas Angélica e Angelina Sabuco (esq.) brincam durante uma conferência de imprensa do Hospital Infantil Lucile Packard, em Stanford, Califórnia, em 31 de outubro. As irmãs, de dois anos de idade, estão ligadas pelo tórax e abdômen
Foto: Getty Images
Com dois anos de idade, as gêmeas Angélica e Angelina Subaco, que estão ligadas pelo tórax e pelo abdômen, preparam-se para a cirurgia de separação em 31 de outubro de 2011. A operação ocorreu bem e logo após o procedimento os médicos falavam que as meninas teriam alta em poucas semanas
Foto: Getty Images
Os gêmeos siameses chineses em um hospital na China em 28 de fevereiro de 2005. Os meninos nasceram unidos pelo coração e fígado foram encontrados na rua após serem abandonados pela mãe
Foto: Getty Images
Gêmeos siameses são retratados na unidade de terapia intensiva neonatal em um hospital de Manila, nas Filipinas, em 29 de julho de 2009, um dia após o nascimento
Foto: AFP
Registro das gêmeas siameses marroquinas al-Safa (dir.) e al-Marwa(esq.) em 10 de julho de 2008. Elas foram separadas em uma cirurgia de 10 horas considerada um sucesso
Foto: AFP
As gêmeas siamesas Jessica e Victoria Rivero em junho de 2007 no Hospital de Clínicas Dr. Manuel Quintela, em Montevidéu. Elas nasceram em 26 de junho e tinha os corações unidos. Eles faleceram com apenas 2 meses
Foto: AFP
As gêmeas siamesas indianas Shaba (esq.) e Farha Ahamad posam para fotógrafos em sua casa em Patna, no dia 4 de agosto de 2005
Foto: AFP
Registro dos 10 dias de vida dos gêmeos siameses Zinzi e Zanele do Hospital Infantil da Cruz Vermelha em Cape Town, África do Sul, em 7 de dezembro de 2001. Os gêmeos eram unidos pela pélvis e compartilham um ânus, mas sobreviveram à cirurgia de separação
Foto: AFP
As gêmeas siamesas Ladan (dir.) e Laleh Bijani, 29 anos, falam durante entrevista à imprensa em 11 de junho de 2003, em Cingapura. As irmãs iranianas chegaram em 20 de novembro de 2002 à Cingapura para verificar se poderiam ser separadas cirurgicamente. As duas morreram durante a operação
Foto: Getty Images
Blanca e Rosa, nascidas em 4 de setembro de 2002, foram o segundo caso de gêmeos siameses registrado em Honduras. Elas morreram 21 dias após o parto
Foto: Getty Images
Imagem de maio de 2007 mostra os gêmeos nigerianos Goodness (esq.) e Mercy. No dia 21 de novembro do mesmo ano as crianças foram separadas com sucesso
Foto: AFP
Uma enfermeira iraquiana segura as gêmeas siameses de dois dias de vida em 28 janeiro de 2006, no Iraque