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Como as naves passam pelo cinturão de asteroides sem bater?

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Perseguições alucinantes em meio a rochas gigantes, geralmente repletas de explosões e raios laser: é assim que o cinema nos acostumou a imaginar um cinturão de asteroides. As pedras gigantes aparecem tão próximas umas das outras que muitas vezes colidem, e os pilotos das naves dariam inveja a qualquer Schumacher ou Fangio. Mas, assim como os efeitos especiais utilizados nela, essa paisagem é completamente falsa.

Desculpa George Lucas, mas não é bem assim
Desculpa George Lucas, mas não é bem assim
Foto: Reprodução

"Diferentemente dos filmes, existe muito espaço entre os asteroides. Provavelmente existem milhões de vários tamanhos, mas aqueles no cinturão estão espalhados em um anel com mais de 1 bilhão de km de circunferência", diz o astrônomo Eric Christian, no site do Centro Espacial Godard, da Nasa.

O cinturão de asteroides fica entre as órbitas de Marte e Júpiter (veja na aba "infográfico" acima) e o espaço entre os grandes é imenso - a Nasa afirma que certas estimativas indicam que a distância média é de 965 mil km entre uma pedra e outra. Para se ter uma ideia, teríamos que colocar 75 "Terras" lado a lado para cobrir esse espaço.

Apesar de todo esse vazio, os engenheiros da Nasa já se preocuparam com uma colisão, mas com pedras menores, difíceis de serem registrados. Nos anos 60, os projetistas da Nasa tinham medo que as sondas Pioneers 10 e 11 colidissem com algum objeto pequeno, não detectado, e fossem danificadas. Segundo a Nasa, somente indo lá é que realmente seria conhecido o perigo. Mas nada aconteceu com as Pioneers, nem com as várias sondas que passaram pelo cinturão depois delas.

Atualmente, os pesquisadores têm voltado sua atenção ao cinturão. Uma sonda da Jaxa - a agência espacial japonesa - conseguiu enviar uma nave até um asteroide, coletar poeira da sua superfície e retornar à Terra - o pouso ocorreu em junho de 2010 -, um feito inédito, reconhecido até pelo Guinness Book. A Nasa também já mandou uma sonda, que em julho entrou na órbita de Vesta, um corpo tão grande (530 km de diâmetro) que é considerado um protoplaneta.

Fonte: Terra
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