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UFPR: mudança no sistema de cotas é o desafio do vestibular 2012

11 nov 2012 - 15h49
(atualizado às 18h45)
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

A sanção da lei 12.711/2012, que regulamentou o sistema de cotas sociais e raciais nas universidades federais, pegou de surpresa o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que teve de alterar seu edital após a divulgação para se enquadrar na lei. Com um sistema de cotas maior e mais rigoroso que as exigências da lei federal, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, admitiu que estava esperando uma carência na nova lei para o concurso deste ano.

O reitor da UFPR informou que os alunos aprovados para a segunda fase (não há cotas na primeira fase) farão a opção sobre por qual sistema querem concorrer
O reitor da UFPR informou que os alunos aprovados para a segunda fase (não há cotas na primeira fase) farão a opção sobre por qual sistema querem concorrer
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra

"Realmente não estávamos contando com a validade da lei já para esse concurso, pois ela foi aprovada e sancionada depois que nosso edital já estava publicado. Mas como não houve essa carência, nos readaptamos, complementamos o edital e vamos fazer esse vestibular com os dois sistemas de cotas: o nosso, e o da lei federal", disse o reitor, informando que os alunos aprovados para a segunda fase (não há cotas na primeira fase) farão a opção sobre por qual sistema querem concorrer.

"O resultado da primeira fase sai dia 26 e, nos dias 27, 28 e 29, o candidato poderá, no nosso site, escolher se vai querer entrar nas nossas cotas ou na da lei federal. Acredito que a maioria vai optar pelo nosso sistema antigo, pois oferece mais vagas, já que nosso sistema destinava 40%, enquanto o da nova lei destina 12,5%, que foram tirados desses 40%, sem mexer nas vagas de concorrência geral", explicou o reitor.

Para exemplificar, a assessoria de comunicação da UFPR divulgou como ficará a situação do curso de medicina. Das 158 vagas disponibilizadas, 60% (94 vagas) serão de concorrência geral. Os 12,5% da lei federal representarão 20 vagas, sendo dez para candidatos com até 1,5 salário mínimo de renda per capita familiar (quatro delas destinadas a pretos, pardos e indígenas) e dez para candidatos com ensino médico feito em escola pública e renda superior a 1,5 salário mínimo (quatro delas, raciais).

Para as cotas da própria UFPR, restaram 44 vagas: 24 para cotistas raciais e 20 para cotistas sociais (com ensino fundamental e médio concluídos em escola pública). "Tivemos que fazer essa adaptação, vai nos exigir um processamento triplo, mas não tem nenhum prejuízo para nenhum candidato", disse o coordenador de concursos da UFPR, Raul von der Heyde. Apesar das mudanças por conta das cotas, o reitor da UFPR disse estar confiante em um vestibular seguro e tranquilo.

"É um vestibular histórico, o do nosso centenário. Estamos com mais de 4 mil pessoas trabalhando e o número de candidatos, mesmo em um ano difícil, pois viemos de uma greve de quatro meses, mostra que a UFPR ainda é o sonho de todos os estudantes paranaenses", disse.

Fonte: Especial para Terra
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