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Treinar ou buscar vaga: meio do ano é 2ª chance para vestibulandos

8 mai 2012 - 11h16
(atualizado às 11h50)
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A aproximação do inverno não significa somente a previsão de temperaturas mais baixas em grande parte do Brasil. Para alguns estudantes, a chegada da estação gera ansiedade, já que é no início dela que começam os vestibulares do meio do ano. Instituições como a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Federação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) Litoral já estão com as inscrições abertas. Com o começo das provas, os vestibulandos devem reforçar o estudo em temas que já dominam e não se preocupar em saber o conteúdo de cada disciplina de uma forma geral. Além disso, estar atento ao noticiário e revisar as provas de anos anteriores deixam o candidato mais preparado.

Com pouco tempo para estudar para as provas do meio do ano, o professor de história e coordenador pedagógico do cursinho da Poli, Elias Feitosa, orienta os estudantes a conhecerem o perfil das avaliações que irão participar. Ele sugere que peguem os últimos testes aplicados e realizem uma simulação do que irão enfrentar dentro de um mês.

"O aluno deve sentar em um lugar claro e realizar a prova dentro do tempo limite permitido, que é de 4 horas", indica. Outro fator em que o aluno deve estar atento é nos acontecimentos presentes na mídia nos últimos tempos, que podem servir de questão para o teste. No caso da Poli, onde cerca de 80% dos seus estudantes são oriundos da rede pública de ensino, os vestibulares de inverno mais procurados pelos alunos são o da Unesp, o da Mackenzie e o da PUC-SP.

Muitos candidatos encaram prova como treinamento

Segundo o coordenador do curso pré-vestibular Anglo, Luís Ricardo Arruda, há normalmente dois perfis de alunos que concorrem a uma vaga nos vestibulares de inverno. "São aqueles que iniciaram uma faculdade, mas que acabaram desistindo, ou os que de fato buscam aproveitar as oportunidades oferecidas pelas faculdades no fim ou início do primeiro semestre", avalia. Ele conta que as instituições mais procuradas pelos alunos do Anglo nessa época são Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mackenzie, Insper, Puc-SP, ESPM-SP e a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Há ainda um grupo de estudantes que participa das provas como forma de treinamento para os vestibulares de verão. Prática considerada inadequada por Arruda. "Não indico essa prática. O que cobramos de nossos alunos é que mantenham um ritmo de estudos. Fazer outra atividade como essa só irá lhe prejudicar", defende. O coordenador do Anglo alerta ainda para uma possível desmotivação do concorrente caso ele não seja aprovado.

O nível de dificuldades das questões costuma variar conforme o teste aplicado por cada faculdade, o que leva o aluno a ter de se preparar levando em conta o perfil do exame a que irá se submeter. "A prova da Unesp cobra conhecimentos genéricos e, portanto, tem exercícios não tão difíceis. Já a prova de matemática do Insper costuma ser muito difícil", exemplifica.

Mais fácil de passar?

A ideia de que os vestibulares de inverno são mais fáceis do que de verão nem sempre é verdadeira. Uma prova de que a situação pode se inverter ocorreu na Mackenzie. "Teve uma época em que todos tiveram a mesma ideia de tentar entrar para o curso de direito no meio do ano achando que seria mais fácil ser aprovado. O resultado foi que a universidade passou a ter 19 candidatos concorrendo a uma vaga de direito no inverno e 11 para cada vaga no verão", recorda Arruda.

Michele Aparecida de Moraes, de 17 anos, espera que caso semelhante não aconteça com ela. Isso porque a estudante está se preparando para participar do vestibular da Mackenzie, que acontecerá em junho. A jovem tentará entrar no curso de administração. Para ser aprovada, integra a turma de alunos do pré-vestibular Poli durante o período da manhã e revisa o que aprendeu no cursinho a tarde.

"Estou estudando com maior empenho as disciplinas exatas, pois tenho mais dificuldades nelas", diz Michele. O objetivo da jovem é conseguir uma bolsa de estudos na universidade. Se não obter êxito, deve seguir no pré-vestibular para uma nova tentativa no final do ano em outras instituições.

A estudante já prestou vestibulares para a PUC e para a Fuvest e tirou lições dessa experiência que vão lhe ajudar para as próximas provas. "Durante a prova da Fuvest, perdi muito tempo em questões complicadas. Agora irei realizar primeiro os exercícios mais fáceis ou que tenho domínio e deixar os mais difíceis por final", relata. As experiências também fizeram com que a jovem se preparasse melhor psicologicamente. "Como passei no vestibular da PUC, agora me sinto mais tranquila", afirma ela, justificando que não se matriculou nessa universidade para tentar uma bolsa ou ingressar em uma instituição pública no ano de 2012.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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