PUC-SP aplica prova no domingo; vestibular vale para seis instituições

vestibularé válido para seis instituições

30 nov 2012 - 12h06

(atualizado às 12h14)

Quando a hora da prova se aproxima, tem vestibulando que apela para tudo que é santo, e todo conselho é bem-vindo. No caso de André Visconti Cohen, calouro de Medicina da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), a dica mais valiosa veio de um professor do cursinho: ioga e alongamento. Com o objetivo de manter-se tranquilo durante a intensa rotina de estudos, o ex-vestibulando apostou em exercícios relaxantes. A prática, recomendada pelo professor,ajudou a reduzir a tensão nos momentos da prova. André estudou por quatro anos para passar em medicina na Famema, cujo processo seletivo é o vestibular da PUC-SP, que ocorrerá no domingo, 2 de dezembro, das 14h às 19h, e vale como porta de entrada para seis instituições. O Terra, em parceria com o Sistema COC de Ensino, vai corrigir as provas do vestibular 2013 logo após o término do exame.

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Para conseguir a aprovação, André estudava de segunda a sexta-feira, com aulas do pré-vestibular das 7h às 13h. À tarde, destinava três horas para revisar o conteúdo abordado pela manhã. Aos sábados e domingos, ele apenas escrevia uma redação e dedicava o restante do tempo para ficar com a família, descansar e passear.

Na véspera do exame, André procurou relaxar, optando por não estudar naquele momento. Segundo ele, a maior dificuldade do teste da PUC-SP é o tempo curto para resolver as questões - ao todo, são cinco horas para escrever uma redação e responder a 45 questões objetivas e três discursivas. Em 2011, os cursos mais concorridos foram os de medicina na Faculdade de Medicina de Marília (Famema), com 92,13 candidatos por vaga, e na PUC-SP, com 28,98. As médias do próximo concurso serão divulgadas com o gabarito da prova.

Prova sem "pegadinhas"

De acordo com o coordenador do curso Anglo, de São Paulo (SP), Alberto Francisco do Nascimento, a prova da PUC-SP é bem elaborada e não costuma apresentar questões do tipo "pegadinha". Segundo a coordenadora geral da Coordenadoria de Vestibulares e Concursos da PUC-SP, Ana Maria Domingues Zilocci, a interpretação de texto é um quesito muito importante para a resolução do teste.

O professor recomenda que os candidatos comecem pelas provas objetivas. Para ele, com organização, é possível resolver a primeira parte em cerca de duas horas e meia, restando ainda metade do tempo para a resolução dos demais exercícios. No entanto, é importante que o estudante não se atenha a perguntas que lhe causem dúvidas. Nesses casos, o conselho é deixá-las para serem resolvidas somente no final.

Segundo Nascimento, é necessário que o candidato a cursos concorridos vá bem em todos os segmentos da prova, pois os três têm pesos muito parecidos. Enquanto a redação tem uma avaliação máxima de 60 pontos, as partes objetivas e discursivas valem 90 cada uma.

No caso das perguntas dissertativas, o professor aconselha que o candidato preste atenção na proposta do enunciado para saber qual é o tipo de resposta necessária. Essa parte da prova é organizada de forma interdisciplinar, em que as questões são divididas em três segmentos: biologia com química, matemática com física e história com geografia De acordo com ele, há casos em que uma linha basta para resolver a pergunta.

Para o coordenador do cursinho, é importante que os candidatos se mantenham informados, pois o conhecimento de atualidades pode ajudar na resolução de questões, inclusive nas que não pertencem à área de humanas. Ele salienta que os estudantes devem fazer as edições anteriores do exame, para entender bem como funciona a estrutura da seleção. Outro aspecto que merece atenção são as leituras obrigatórias. A lista é composta por livros que também são exigidos no vestibular da Fuvest e da Unicamp: "Sentimento do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade, "Til", de José de Alencar, "Viagens na Minha Terra", de Almeida Garret, e "Vidas Secas", de Graciliano Ramos.

Segundo a professora da PUC-SP, o exame deste ano mantém a mesma abordagem dos anos anteriores. Assim como já é de praxe, as questões são elaboradas com o apoio de professores que trabalham ou conhecem a estrutura do ensino médio brasileiro. Isso significa que não são cobrados assuntos pouco estudados pelos estudantes, afirma Ana Maria.

Além da PUC-SP e da Famema, a prova também é critério de seleção para ingressar na Faculdade de Direito São Bernardo do Campo, na Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Alfred Einstein, nas Faculdades Integradas Rio Branco e na Faculdade Santa Marcelina. Mantida pelo governo do estado, a Faculdade de Medicina de Marília oferece 40 vagas para o curso de enfermagem e 80 para medicina. A novidade deste ano na PUC-SP é o curso tecnológico de secretariado executivo, com 40 vagas disponíveis.