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Polícia Federal investiga furto de mais provas do Enem

6 out 2009 - 09h23
(atualizado às 11h12)
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A Polícia Federal de São Paulo investiga a possibilidade de que outros exemplares das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenham sido roubados. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a polícia suspeita da participação de uma mulher no furto de uma terceira prova.

A PF indiciou na segunda-feira mais três suspeitos de envolvimento no vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além do empresário e publicitário Luciano Rodrigues e do DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid, indiciados no sábado. Felipe Pradella, que seria segurança do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), responsável pela realização do Enem e outras duas pessoas que não tiveram suas identidades reveladas foram os indiciados nesta segunda.

Segundo o advogado Luiz Vicente Dezinelli, que defende o empresário Luciano Rodrigues, o encontro entre três dos suspeitos foi na pizzaria de seu cliente. "Esteve lá na pizzaria o Gregory, que é conhecido do Luciano, e levou Felipe, que se apresentou como Fábio, dizendo que tinha uma bomba jornalística. Como Luciano tinha contato com a imprensa, porque já trabalhou em O Estado de S Paulo, ele poderia ajudá-los no sentido de indicar o jornal que iria tomar as providências para avisar todo mundo que o exame tinha vazado", disse o advogado alegando que o papel de seu cliente foi apenas comunicar à imprensa.

Segundo o advogado, o inquérito da PF deverá ser concluído até quarta-feira.

O cancelamento das provas

O Ministério da Educação cancelou na madrugada da última quinta-feira (30) a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria aplicado nos dias 3 e 4 de outubro, para mais de 4 milhões de pessoas em todo o País. O cancelamento teria ocorrido em virtude do vazamento da prova. As provas seriam aplicadas em 113.857 salas de 10.385 escolas do País.

As suspeitas de fraude ocorreram após um homem ter telefonado para o jornal O Estado de S. Paulo informando que tinha em mãos duas das provas que seriam aplicadas no sábado pelo Ministério da Educação. Nas provas do exame de ensino médio havia questões com o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, uma tirinha da personagem argentina Mafalda e um exercício sobre índices de desmatamento na Amazônia. A Polícia Federal, que instaurou inquérito para apurar o caso, já indiciou duas pessoas.

Na última semana, a professora Itana Marques, representante do Connasel, afirmou não ter havido "fragilidade" na segurança dos exercícios. Por ser alvo de investigação da Polícia Federal, a professora evitou dar detalhes de que requisitos de logística seriam aprimorados ou alterados para garantir a segurança das futuras provas.

Fonte: Redação Terra
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