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Para candidata, exigência da prova da Fuvest é muito elevada

Para candidata, nível de exigência da prova da Fuvest é muito elevado

23 nov 2012 - 08h52
(atualizado às 10h16)
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Desde 2009, Natália Harumy Sato está na luta para iniciar a carreira que tanto sonha. A jovem de 20 anos natural de Junqueirópolis, interior de São Paulo, quer entrar na faculdade de medicina, para a qual já prestou três vestibulares. Apesar do território paulista não ser um limite para Natália, que já tentou o processo seletivo em diferentes regiões do Brasil, seu foco ainda é a Universidade de São Paulo (USP). Com a prova da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) se aproximando, a jovem abriu mão de árduos estudos. "O melhor agora é fazer vários exercícios e ganhar familiaridade com a prova", diz.

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Um dos mais concorridos do Brasil, 159.609 candidatos para 11.082 vagas, o processo seleciona estudantes para a USP e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa e é dividido em duas fases com características diferentes em cada etapa. Porém, a segunda fase exige um nível de conhecimento elevado do aluno que vai além do conteúdo ensinado nas escolas, exigindo mais conhecimento de áreas referentes ao curso escolhido pelo candidato. A professora e coordenadora pedagógica do colégio Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, afirma que decorar fórmulas e conteúdos não é o bastante para resolver a prova. "O importante para o aluno não é só conhecer a matéria, é saber aplicar os conhecimentos que ele tem aos problemas que a Fuvest propõe", ressalta.

A primeira fase do processo seletivo ocorre no dia 25 de novembro. A prova é organizada em 90 questões de múltipla escolha, cada uma com cinco alternativas. Segundo o professor e coordenador do vestibular do curso pré-vestibular Anglo, Alberto Francisco do Nascimento, não se sabe ao certo quantas perguntas de cada matéria irão aparecer na prova. "Geralmente, há dez questões de cada uma, mais cinco de inglês, nove interdisciplinares e 16 de português", comenta Nascimento.Na primeira fase, os alunos não precisam escrever uma redação, o que os deixa com cinco horas para resolver todas as questões. Natália acredita que o tempo é suficiente. "Não é como o Enem, quando falta tempo", compara a estudante. A jovem que morava em Boa Vista (RR), e se mudou ano passado para São Paulo, para onde ia uma vez ao ano para prestar vestibular, classifica o nível de exigência da prova como muito elevado. "Os assuntos são os mesmos da escola, a única diferença é que o grau de dificuldade das questões é maior do que o de outras universidades. O aluno tem que ser ótimo, não basta ser bom", afirma.

Para ir para a segunda fase, o candidato precisa resolver no mínimo 30% das questões da prova corretamente, o que corresponde a 27 acertos. A banca corretora calcula a média dos melhores classificados e estabelece uma nota de corte.

Nesta fase, o candidato deve enfrentar três dias de prova (dias 6, 7 e 8 de janeiro) com questões dissertativas e uma redação. A prova do primeiro dia é composta por 10 perguntas de português e uma redação de estilo dissertativo. Nascimento ressalta que a atenção deve ser redobrada para a redação, já que ela vale metade dos pontos desse primeiro dia. No segundo dia, os candidatos devem resolver 16 questões a respeito de disciplinas do Ensino Médio: história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. A distribuição pode variar, mas todas têm o mesmo valor avaliativo.

Já no último dia de prova, os alunos entram em contato com questões referentes à carreira que desejam cursar. O exame pode ser dividido entre duas ou três disciplinas com igual número de questões para cada uma. Os conhecimentos exigidos na prova não dependem somente do curso escolhido, mas também da faculdade em que o candidato deseja fazer a graduação. A professora Vera Lúcia explica que, por exemplo, em Ribeirão Preto, a prova específica para o curso de medicina é composta pelas disciplinas de química, biologia e geografia, enquanto em São Paulo, aparecem física, química e biologia na prova. Para Vera Lúcia, a escolha é feita de acordo com o que a faculdade espera do candidato e dos profissionais que irá formar. "Isso é para mostrar que o médico não pode estar à margem da realidade. Ele precisa estar engajado no que está acontecendo no planeta", afirma.

A estudante Natália acredita que, para enfrentar o processo da Fuvest, é preciso conhecer a prova. Além de ter aulas todos os dias no cursinho pela manhã, à tarde, a candidata para o curso de medicina revisa a matéria do dia e faz exercícios. Com a prova se aproximando, Natália afirma, entretanto, que o melhor é focar nas questões que caíram em provas anteriores: "É bastante exercício mesmo. Quanto mais a pessoa faz, menor é a probabilidade de cair algo que ela não conhece".

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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