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Saiba qual curso pré-vestibular é mais adequado ao seu perfil

18 mai 2012 - 10h15
(atualizado em 14/8/2012 às 20h27)
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Seja quem acabou de sair do ensino médio, seja quem já tem um diploma universitário e quer voltar a estudar, grande parte dos candidatos ao vestibular recorre ao cursinho como método preparatório. Com aulas divertidas, esse sistema surgiu na década de 1960 e se popularizou por ser livre da cobrança de frequência e de provas típicas dos colégios, além de contar com "professores show", vistos mais como parceiros do que como mestres. Nos anos 1980, a consolidação dos cursinhos equilibrou a descontração e compromisso das aulas. "Tanto os professores adquiriram formação mais específica - hoje todos têm licenciatura plena - quanto os alunos começaram a vir menos preparados. Aos poucos, isso fez com que o lúdico fosse substituído por uma certa seriedade", explica José Carlos Tamanquevis, professor de História e diretor do cursinho por disciplina Gabarito, no Rio Grande do Sul.

O diretor do pré-vestibular Unimaster, em Minas Gerais, Jair Corgozinho, diz que a exigência dos estudantes foi um fator importante nessa mudança. "O aluno quer um curso de qualidade, sem muita invenção. Ele procura um trabalho consistente, que realmente dê a oportunidade de ver o conteúdo mais completo possível com uma boa bagagem de exercícios para praticar", afirma. Para atrair os alunos e ganhar sua aprovação, hoje os pré-vestibulares disponibilizam diversos formatos de curso para acomodar os perfis e necessidades dos estudantes. "Aqui em São Paulo, todos querem fazer uma faculdade, então o ideal é oferecer um cursinho bastante aberto para quem quiser se preparar", explica Caio Calçada, professor e coordenador geral do cursinho pré-vestibular Objetivo.

O modelo mais tradicional dos cursinhos é o anual, conhecido como curso extensivo. Com formato mais teórico e completo, nele são trabalhadas as matérias do ensino médio ao longo de cerca de 10 meses, com o aprofundamento gradual dos assuntos por meio de aulas expositivas e simulados. "O extensivo é um curso de caráter universal, que prepara o aluno tanto para os principais vestibulares, como os das universidades federais, quanto para a prova do Enem", explica Jair Corgozinho, diretor do Unimaster. Em geral, o extensivo é procurado por estudantes que querem se dedicar integralmente ao vestibular, sejam aqueles recém-saídos do ensino médio, seja quem já tentou ingressar na faculdade. Para os vestibulandos de primeira viagem, alguns cursinhos oferecem o formato "terceirão", que combina a conclusão do ensino médio com a preparação do extensivo e inclui frequência obrigatória e provas avaliativas.

Existem ainda extensivos especiais de acordo com a área de atuação pretendida. Nesse formato, o aluno conta com a vantagem de ter mais tempo de aula dedicado às matérias relevantes para o curso desejado. Quem se candidata a uma vaga em Medicina, por exemplo, aproveita a ênfase em matérias como biologia e química, e os futuros estudantes de Direito permanecem mais focados em geografia e história. "É uma questão de distribuir a carga horária. A divisão das aulas na semana é feita de maneira que se dê preferência às disciplinas mais importantes para aquela área", explica o professor Caio Calçada. Seguindo o formato da prova da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), o Objetivo oferece cursos especiais para a área de ciências biológicas, ciências humanas e ciências exatas - este último funcionando também como curso preparatório para provas de institutos como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O formato pode ser aproveitado até por quem ainda está indeciso na hora da matrícula. "Mesmo os alunos que entram sem saber exatamente qual carreira seguir já têm uma ideia do tipo de curso que gostariam de fazer", diz o professor.

Cursos de menor duração são procurados por alunos mais maduros

Os cursos de menor duração, cujos nomes podem variar entre semiextensivo, intensivo e de revisão, são modelos mais práticos e seguem basicamente a mesma fórmula, apresentando um resumo teórico das matérias e material de exercícios para que o conteúdo seja bem fixado em tempo reduzido. Grande parte dos extensivos transforma seu programa em um curso de revisão na reta final dos estudos. Muitos semiextensivos são ofertados nas duas metades do ano: no primeiro semestre, o curso é mais voltado para os vestibulares de inverno; depois, o foco recai sobre as provas específicas da segunda fase dos vestibulares federais e também prepara para o Enem. "São cursos procurados por alunos mais maduros, que trabalham e estudam ou que já fizeram vestibular e não querem rever todo o conteúdo. Estudantes que pretendem tentar vaga em universidades particulares também veem nesse curso uma solução mais rápida para o ingresso no curso superior", comenta Jair Corgozinho.

Para quem não quer ou não pode dar continuidade ao cursinho iniciado no ano anterior, foram criadas as turmas de maio, formato intermediário entre o curso tradicional e o semiextensivo. De maio a julho, o conteúdo é condensado em noções iniciais de todas as matérias; a partir de agosto, segue-se a mesma programação do extensivo, podendo inclusive realocar os alunos para a mesma turma. "É um modelo feito para aqueles alunos que, no final ou no início do ano, estavam indecisos em relação aos estudos e não se matricularam no curso extensivo", diz Corgozinho. "Também é uma espécie de complemento de receita, porque os cursinhos terminam por agregar mais alunos às turmas de extensivo".

Surgiram ainda no final dos anos 1990 os pré-vestibulares por disciplina, mais caros e desenvolvidos a partir dos grupos de reforço dedicados às matérias mais relevantes de cursos concorridos como Medicina, Engenharia e Direito. Como o nome sugere, os estudantes se matriculam somente nas disciplinas às quais mais precisam se dedicar, montando seu próprio horário. No caso do cursinho Gabarito, integrante do grupo pré-vestibular Unificado há 15 anos, os alunos podem ainda escolher com quem desejam ter aula. "Os professores são muito competentes, pois como geralmente são escolhidos por indicação, é preciso exercer um bom trabalho para fidelizar os alunos e demonstrar que as turmas têm bom índice da aprovação", explica José Carlos Tamanquevis.

O pré-vestibular por disciplina é mais procurado por quem já passou pelo vestibular ou deseja fazer outra faculdade, e identifica alunos mais exigentes e com disciplina pessoal. Tamanquevis acredita que esse modelo tende a crescer no Brasil e conta que o Gabarito tem recebido alunos recém-saídos do ensino médio que abriram mão do curso tradicional por julgarem o cursinho por disciplina mais vantajoso para o aprendizado.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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