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Universidade: moradia estudantil é opção para estudantes carentes

18 jan 2012 - 08h58
(atualizado às 13h54)
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Passar no vestibular muitas vezes é sinônimo de sair de casa, já que nem sempre a aprovação é alcançada na instituição mais perto da cidade do calouro. Para quem busca uma moradia com baixo - ou nenhum - custo, as residências estudantis são uma alternativa que também permite viver com mais intensidade o ambiente acadêmico.

O Programa de Moradia Estudantil da Unicamp oferece 226 casas, todas com capacidade para quatro estudantes, além de 27 estúdios, destinados a casais com ou sem filhos
O Programa de Moradia Estudantil da Unicamp oferece 226 casas, todas com capacidade para quatro estudantes, além de 27 estúdios, destinados a casais com ou sem filhos
Foto: Unicamp / Divulgação

Quem passou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode se inscrever no Programa de Moradia Estudantil (PME), que oferece 226 casas, todas com capacidade para quatro estudantes, além de 27 estúdios, destinados a casais com ou sem filhos. Segundo o coordenador da moradia, professor Luiz Antonio Viotto, atualmente o projeto atende a cerca de 950 pessoas. O processo de seleção ocorre anualmente e analisa a situação socioeconômica do candidato. Os selecionados, além da residência, têm acesso a projetos voltados a artes, esportes e saúde.

Viotto explica que a avaliação também pode garantir outros tipos de auxílio. "Dependendo da renda da família, o aluno pode ter acesso à bolsa-alimentação, bolsa-esporte e bolsa-trabalho", diz. Não existe limite no tempo de permanência na moradia, mas o estudante precisa comprovar sua renda anualmente.

O professor afirma que, geralmente, para que o aluno seja aceito no programa, a renda máxima da família deve ficar entre R$ 900 e R$ 1000. "Esse número depende de vários fatores e pode variar de ano para ano, mas não costuma passar disso", garante. Para os momentos de estudo, o programa disponibiliza 13 salas. Para o lazer, a moradia, que fica a apenas 3 km do campus, tem quatro centros de vivência e um campo de futebol.

De acordo com o coordenador, que também é professor do curso de Engenharia de Alimentos da universidade, os projetos têm o objetivo de integrar o aluno ao ambiente acadêmico. "Criamos uma estrutura para que ele possa fazer o curso ao longo de quatro ou cinco anos com tranquilidade. O aluno fica à vontade para evoluir, expandir seu conhecimento e rede de contatos, ter consciência do que acontece na universidade."

Mais de 270 vagas também são preenchidas anualmente por veteranos e calouros da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Segundo a pró-reitora de assuntos estudantis, Kátia Araújo, a situação socioeconômica também é o principal critério na hora de escolher os novos moradores. "São 192 vagas masculinas e 80 femininas. Durante o ano, todas são preenchidas, e os novos moradores têm espaço quando um aluno se forma ou desiste", explica. O edital para a próxima seleção, cujo resultado será divulgado em março, já está disponível na página da universidade.

Kátia explica que, além da moradia, os estudantes recebem auxílio-transporte, restaurante universitário, auxílio-pedagógico para compra de material de estudo e apoio psicológico e psiquiátrico. O auxílio-permanência também ajuda os universitários durante a estadia na residência. "O papel da universidade é permitir que o aluno usufrua de todas as facilidade do campus, como a biblioteca e o restaurante", afirma. O clima, segundo a pró-reitora, é de integração: "na confraternização de final de ano, estiveram presentes inclusive alunos que já se formaram e voltaram apenas para a festa. Isso mostra as amizades que se formam durante o período", conta.

Seja para quem está entrando na faculdade ou àqueles que, no meio do curso, precisam de um auxílio da universidade, buscar ajuda nas residências estudantis é uma boa opção. Além da Unicamp e da UFPE, muitas outras universidades - principalmente as públicas - têm projetos voltados à questão de moradia.

Quem estuda na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode se inscrever no Programa Permanente de Moradia Universitária, em que os selecionados contribuem financeiramente de acordo com sua situação econômica. Na Universidade de Brasília (UnB), estudantes de fora do Distrito Federal têm preferência no processo de seleção, que é realizado anualmente, assim como na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A dica é buscar informações sobre estrutura e processos de seleção de cada universidade no início do ano, quando as vagas disponíveis são abertas aos interessados.

Muitas vezes, a moradia estudantil é a única alternativa para universitários que não têm condições de arcar com os custos de uma casa ou apartamento próprios. Viotto, da Unicamp, considera a oportunidade decisiva na vida de muitos estudantes. "Tive alunos que hoje são diretores executivos e gerentes de empresas de grande porte. Pessoas que, sem a moradia, jamais teriam chegado ao final do curso e, consequentemente, não teriam chegado onde estão".

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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