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Experiência como treineiro ajuda a aliviar tensão no vestibular

Experiência como treineiro ajuda a aliviar tensão no vestibular

28 abr 2011 - 08h34
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Prestar o vestibular mesmo antes de terminar o ensino médio, como treineiro, garante experiência aos estudantes, já que ajuda a conhecer o estilo das provas e a contabilizar o tempo necessário para executá-las. Segundo o coordenador pedagógico do Colégio Paulista, Marcos Borges, mesmo que o estudante não passe, um mau resultado não é desestímulo. "Assim como um atleta treina para um jogo, a gente percebe que quem treina para a prova tem um resultado melhor", compara.

O educador afirma que vários alunos até viajam para as cidades em que gostariam de cursar faculdade para conhecer melhor informações triviais, mas essenciais, como o caminho até o local da prova. Apesar da importância dos simulados feitos no colégio, Borges diz que, fazer uma prova entre colegas e amigos não gera a mesma tensão do vestibular. "Não tem como simular a pressão de se estar disputando uma vaga", diz.

Entre os treineiros está André Corrêa, 16 anos, que estuda no 3º ano do Ensino Médio do Colégio Paulista, em São Paulo, e pretende cursar Engenharia Mecatrônica. Apesar de poder ingressar na faculdade apenas esse ano, o estudante prestou o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), em 2010, e até passou na primeira fase para Exatas - como ele se inscreveu apenas como treineiro, não era necessário especificar o curso.

Corrêa conta que a sua escola oferece diversos simulados, porém, para ele, nada se compara a encarar a concorrência de verdade. "Eu queria saber o ambiente da prova, saber como é ter aquela responsabilidade e conferir o nível de dificuldade das perguntas", afirma. Passar no vestibular sem a pressão serviu de incentivo ao estudante. "Quero me superar e agora passar de forma mais folgada", diz.

A ideia de enfrentar a situação real também levou Giovana D¿Angelo, 16 anos, do Colégio Módulo, e Rafael Costela, 16 anos, do Colégio Sion, ambos de São Paulo, aos provões antes do tempo. Os dois treineiros resolveram não esperar até o final do 3º ano para ver de perto a pressão de buscar uma vaga na universidade.

Giovana optou por prestar vestibular ainda no 2º ano por sugestão do pai e também para avaliar melhor como seria tentar uma das vagas mais concorridas do Brasil: Medicina pela Fuvest. Ela se saiu bem, ultrapassando a primeira fase da prova, que fez para Ciências Biológicas.

Outro ponto levado em consideração pelos treineiros da prova da Fuvest são as questões dissertativas, presentes na segunda fase, mas menos comuns nos simulados dos colégios. "Alguns fazem a primeira fase só para se testarem na segunda. Para entender como é responder uma questão sem as opções estarem na folha, como acontece na múltipla escolha", explica o coordenador Marcos Borges.

O estudante Rafael Costela não só passou para as questões dissertativas como foi muito bem. Fez a prova da Fuvest quando estava no 2º ano para Matemática e conseguiu uma vaga. O aluno não pôde cursar a faculdade e até já mudou de ideia - agora quer fazer Engenharia de Produção -, mas ver o nome na lista fez diferença. "Me deu mais autoconfiança", comemora.

André Corrêa, 16 anos, prestou o vestibular da Fuvest como treineiro
André Corrêa, 16 anos, prestou o vestibular da Fuvest como treineiro
Foto: Arthur Fuji / Divulgação
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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