PUBLICIDADE

Conheça histórias de quem passou no vestibular sem cursinho

7 mar 2011 - 11h09
Compartilhar
Cartola - Agência de Conteúdo
Especial para o Terra

O estudante pernambucano Eriverton José de Souza acordou cedo na manhã do dia 21 de dezembro do ano passado. Ansioso, o estudante de 18 anos atualizava de minuto a minuto o site da Universidade de Pernambuco (UPE), onde o listão de aprovados do vestibular 2011 deveria sair a qualquer momento. O morador de Aliança, interior de Pernambuco, estava apreensivo com o resultado, pois, diferentemente de muitos concorrentes, não tinha frequentado aulas preparatórias para a prova. Mas esforço não faltou: durante todo 2010, Eriverton e um grupo de amigos estudava diariamente na biblioteca pública da cidade. "Eu chegava lá às 7h30min da manhã e ia embora ao meio-dia. E de lá ia direto para a escola", conta. A dedicação foi recompensada: Eriverton encontrou seu nome no 10º lugar na lista dos aprovados para Licenciatura em Matemática, na UPE.

Mesmo sem fazer cursinho, Eriverton José de Souza passou na Universidade de Pernambuco (UPE)
Mesmo sem fazer cursinho, Eriverton José de Souza passou na Universidade de Pernambuco (UPE)
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Se antigamente a ordem de conquistas na lista de estudantes era se formar no ensino médio e depois iniciar a faculdade, um item foi acrescentado na lista dos futuros universitários: o cursinho pré-vestibular. Com a concorrência em universidades públicas cada vez mais alta, boa parte dos vestibulandos recorre ao cursinho na busca por uma força extra nos estudos. Porém, mesmo com o número de candidatos por vaga crescendo a cada ano, será que não é possível conquistar um espaço no listão de aprovados sem frequentar as aulas preparatórias?

Para a pedagoga Ivanilde Moreira a resposta é sim, mas exige disciplina, foco e organização. Segundo ela, o pré-vestibular se tornou muito mais uma cultura do que de fato uma necessidade. "Implantou-se tanto a cultura do cursinho que isso virou uma verdade, mas isso é uma inverdade. É possível sim estudar sozinho em casa e conseguir êxito na prova, basta ter disciplina e consciência de que o ano do vestibular é decisivo, portanto vai haver restrições e muito estudo", explica.

Ivanilde ainda afirma que a "cultura do cursinho" tem causado um afrouxamento inconsciente nos estudantes: "O aluno termina o Ensino Médio sem nenhuma preocupação com a faculdade, pois na cabeça dele ainda tem mais um ano de preparação pela frente no pré-vestibular. Ou seja, os jovens têm adiado o sonho de entrar numa universidade, pois se prendem nas aulas preparatórias como o único fator que irá garantir uma vaga", diz.

Alberto Souza Silva, 17 anos, não só passou no vestibular sem fazer cursinho como ostenta o 1º lugar no curso em que se inscreveu: Matemática na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Segundo o morador de Paranacity. a fórmula para o sucesso se resume em uma palavra: equilíbrio. "Minha rotina de estudos não foi muito corrida, pois eu não estudava muito, estudava o suficiente. Aproveitava para revisar conteúdos e tirar dúvidas no colégio, no trabalho e em casa. Nos finais de semana, levava a vida normal, saia com a galera e relaxava", conta. Ele também utilizou as dicas de revistas e sites voltados para vestibulandos.

Diego Lima, 17 anos, morador de Paulo Jacinto, Alagoas, encontrou auxilio com os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas, onde estudava até o final do ano passado. Segundo o estudante, tirar todas as dúvidas foi o que mais o ajudou: "Estudei em livros, revistas e em materiais de outros anos. Mas o que mais me ajudou foram os professores que tive durante o Ensino Médio", explica o atual universitário de Engenharia Civil da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade