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Empresa nega que suspeito de fraude no Enem é funcionário

5 out 2009 - 21h47
(atualizado às 21h48)
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A Fortknox, empresa de segurança contratada pela Cetro - uma das integrantes do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), responsávels pelas provas do Exame Nacional do Ensino Médio -, negou nesta segunda-feira que um dos suspeitos pelo vazamento das questões seria do seu quadro de funcionários. Em nota, a Fortknox afirmou que "Felipe Pradella não é e nunca foi funcionário e que a empresa nunca foi contratada pela Cetro".

Segundo o comunicado, desde o último dia 12 de setembro, a empresa atua exclusivamente na segurança patrimonial da gráfica Plural e não tem qualquer atuação sobre os serviços realizados pela gráfica, em especial a impressão de exames do Enem. A Fortknox informou ainda, em nota, que adota uma série de cuidados no processo de seleção de seus funcionários, realizando uma pesquisa rigorosa dos candidatos, que inclui investigação social, verificação de antecedentes criminais, além da adequação do perfil psicológico do concorrente à função de segurança.

Nesta segunda, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, confirmou que Cespe e Cesgranrio estão com negociações adiantadas para organizar e promover a nova prova do Exame Nacional do ensino Médio (Enem). Reunido com o consórcio Connasel, que detinha os direitos de aplicação da prova do ensino médio, Fernandes afirmou que o governo decidiu rescindir com a empresa após a confirmação do vazamento antecipado de exercícios.

Fraude no Enem

As suspeitas de fraude ocorreram após um homem ter telefonado para o jornal O Estado de S. Paulo informando que tinha em mãos duas das provas que seriam aplicadas no sábado pelo Ministério da Educação. Nas provas do exame de ensino médio havia questões com o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, uma tirinha da personagem argentina Mafalda e um exercício sobre índices de desmatamento na Amazônia. A Polícia Federal, que instaurou inquérito para apurar o caso, já indiciou duas pessoas.

Na última semana, a professora Itana Marques, representante do Connasel, afirmou não ter havido "fragilidade" na segurança dos exercícios. Por ser alvo de investigação da Polícia Federal, a professora evitou dar detalhes de que requisitos de logística seriam aprimorados ou alterados para garantir a segurança das futuras provas.

Fonte: Redação Terra
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