PUBLICIDADE

vc repórter: sem salário, terceirizados da Uesb fazem paralisação na Bahia

13 ago 2013 - 18h07
Compartilhar
Exibir comentários

Parte dos 304 trabalhadores terceirizados que atuam como auxiliares administrativos na Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (Uesb) decidiram cruzar os braços nesta terça-feira nos três campi da instituição, em Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. A categoria protesta conta o atraso no pagamento das remunerações dos meses de maio, junho e julho.

Segundo Luciano Souza, secretário-geral do Sindilimp, sindicato que representa a classe, exatamente 64 funcionários deixaram de trabalhar nesta terça-feira jutamente pelo não pagamento de salários. “Recebemos atrasado o mês de maio. E ainda foi mal pago, porque não recebemos os tickets-refeição e nem o vale transporte”, argumentou.

A remuneração para auxiliar administrativo na instituição é de R$ 697 mais R$ 92 de vale transporte e R$ 160 de ticket alimentação. O montante é arcado pela Uesb, que deposita o valor a uma empresa contratada via licitação. Essa empresa, no caso a LC Empreendimentos, situada em Salvador, faz os depósitos nas contas dos funcionários.

Na última quinta-feira, reconhecendo publicamente o problema nos pagamentos por falta de recursos da universidade, o reitor da Uesb, Paulo Roberto Pinto Santos, se reuniu com os secretários da Educação (Osvaldo Barreto Filho), da Fazenda (Luiz Allberto Petitinga) e das Relações Institucionais (Paulo Cezar Lisboa).

“A reunião teve como resultado a liberação de recursos para a Universidade, o qual será utilizado para viabilizar o pagamento, especialmente, dos terceirizados da Universidade”, publicou a instituição por meio de sua assessoria de comunicação na última sexta-feira. Procurada pelo Terra nesta terça-feira, a Uesb informou ter depositado o valor correspondente a dois salários atrasados à empresa terceirizada, que teria se comprometido a realizar os pagamentos até a próxima sexta-feira.

Segundo o Sindilimp, a promessa não basta. “Estamos entrando com uma medida de apreensão de faturas da Uesb para pagar os trabalhadores de forma integral no Ministério Público do Trabalho. Futuramente, vamos também pedir indenizações na Justiça do Trabalho”, informou o secretário geral.

Para esta quarta-feira, visando conseguir um número maior de adesões e mais visibilidade para o problema, o sindicato promete um grande ato público, a ser iniciado às 8h, em frente ao campus Vitória da Conquista, onde acontecerá uma reunião anual e previamente marcada do Conselho Superior da instituição. O ato terá apoio de outros sindicatos, inclusive da Associação dos Docentes da Uesb , que, segundo informou, pedirá documentos sobre a saúde financeira da universidade e informações como os recursos são geridos.

O internauta Anderson Oliveira, de Vitória da Conquista (BA), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
Compartilhar
Publicidade
Publicidade