Unesp, Unicamp e USP fazem paralisação por reajuste salarial

Professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas - Unicamp, USP e Unesp - fazem nesta quarta-feira uma paralisação por reajuste salarial. De acordo com o professor Ciro Teixeira Correia, presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), o movimento defende a reposição salarial pelo índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) de maio de 2013 até abril deste ano, que chega a 7,05% mais 3% por conta de perdas anteriores. 

Segundo o boletim do Fórum das Seis, nos últimos seis anos, "o governo deixou de repassar cerca de R$ 2 bilhões às universidades e os reitores não disseram nada". O comunicado alega que não foi cobrado o compromisso de aumento de recursos em troca de ampliação de cursos e campi na Unesp, Unicamp e USP. "Zero% de reajuste, agora, significaria financiar a subserviência política das reitorias ao governo do Estado. Isso custaria nossos salários e é inaceitável", alega o documento. 

Notícias relacionadas

Marcinho VP ocupa cadeira nº 1 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere, inaugurada no Rio

Governo federal dá primeiros passos no processo de demissão de servidores por baixo desempenho

Prefeita joga no lixo livros doados à biblioteca culpa Lei Rouanet: 'Porcaria'

No dia 13 de maio, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) divulgou nota informando que decidiu manter os salários de docentes e servidores técnico-administrativos das universidades estaduais paulistas nos valores atuais. "Os altos níveis de comprometimento de orçamento com folha de pagamento – 94,47% na Unesp, 96,52% na Unicamp e 104,22% na USP não permitem ao Cruesp realizar qualquer reajuste salarial neste momento", alegou em comunicado. 

Desde o início da manhã, diversas atividades ocorrem nas três universidades. Também está sendo feita uma rodada de negociação entre os representantes do movimento e o Cruesp. "O Cruesp abriu a reunião dizendo que não iria mudar e só voltaria avaliar a situação no segundo semestre, em setembro", informou Correia. 

À tarde, ocorrerão assembleias onde será decidido se as universidades entrarão em greve. "Estamos organizando também uma audiência pública na Assembleia Legislativa no dia 27 de maio, às 14h, para discutir a situação das universidades", completou o presidente da Adusp.