UFMG repudia suposto trote com saudação nazista e ato racista
Reitoria informou que pode punir os envolvidos no caso
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou uma nota de repúdio ao suposto trote realizado por estudantes da Faculdade de Direito na última sexta-feira, durante a recepção aos calouros no prédio que fica localizado na região central de Belo Horizonte. O documento foi assinado pelo reitor Clélio Campolina Diniz e pela vice-reitora Rocksane de Carvalho Norton. A instituição informou que já começou a apurar o trote e tomará as medidas cabíveis para o caso, incluindo a punição dos envolvidos.
Duas fotos do trote foram publicadas em redes sociais e causaram protestos por parte de usuários. Na primeira imagem, uma jovem está pintada de preto com um cartaz de papelão escrito “Caloura Chica da Silva” - em referência à escrava que viveu no século 18 e entrou para a história brasileira . A moça está acorrentada pelas mãos e um rapaz sorri enquanto segura a corrente.
Na segunda foto, um estudante está pintado de tinta vermelha e amarrado a uma pilastra enrolado por uma faixa de plástico utilizada em isolamento de acessos. Ao lado e também sorrindo, três estudantes fazem um gesto nazista, com a mão direita estendida para a frente. Um deles chegou a colocar um bigode postiço semelhante ao que usava o alemão Adolf Hitler.
A UFMG informou ainda que qualquer tipo trote é proibido na instituição.