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SP: professores aprovam greve por tempo indeterminado a partir de 2ª

Professores interditaram a avenida Paulista nesta sexta-feira em protesto por melhores salários

19 abr 2013 - 15h47
(atualizado às 17h48)
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Professores de escolas estaduais de São Paulo aprovaram nesta sexta-feira, durante protesto para cobrar melhores salários e o cumprimento da jornada extraclasse determinada pela Lei do Piso, greve geral da categoria a partir da segunda-feira. Segundo o Sindicato dos Professores (Apeoesp), a paralisação é por tempo indeterminado.

A mobilização teve início por volta das 14h no vão livre do Museu de Arte (Masp) e os educadores seguiam em passeata até a praça da República. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 16h duas faixas da avenida Paulista foram fechadas pelo manifestantes.

A situação melhorou perto das 17h, quando o sentido Paraíso foi liberado e os professores e estudantes se concentravam apenas no sentido Consolação. Por volta das 17h30 havia 2,2 quilômetros de lentidão no local. Policiais acompanhavam a marcha e, de acordo com o último balanço, a manifestação era pacífica. A estimativa da PM é de que mais de 3 mil pessoas participavam do protesto.

Com faixas, narizes de palhaço e a participação de muitos estudantes, os professores gritavam palavras de ordem e cobravam mais investimento em educação e ainda criticavam a violência nas escolas. "Bater em professor virou moda", dizia um dos cartazes. Entre as reivindicações está o reajuste salarial de 36,74% e complementação do aumento referente a 2012, de 10,2%, além do cumprimento de no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse, como determina a Lei do Piso, e mudanças na forma de contratação dos docentes temporários.

A mobilização acontece poucos dias após o governador confirmar o aumento no reajuste previsto para julho de 6% para 8,1%. Assim, o salário inicial de um professor de educação básica que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 2.088,27, passará para R$ 2.257,84 a partir de 1º de julho. Os professores reclamam que os reajustes levam em conta bonificações já conquistadas pela categoria.

A Secretaria da Educação divulgou nota ontem esclarecendo que todas as escolas estariam abertas hoje e que o calendário escolar permanece inalterado. A secretaria disse ainda que o Estado cumpre integralmente com a Lei do Piso. 

Fonte: Terra
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