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SP: Haddad propõe ensino fundamental com 3 ciclos e exigência maior

Plano que será apresentado hoje prevê três ciclos no ensino fundamental com o fim da aprovação automática. Alunos terão provas bimestrais

15 ago 2013 - 09h54
(atualizado às 12h30)
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A prefeitura de São Paulo apresentou na manhã desta quinta-feira um programa para reorganizar o currículo das escolas da rede municipal e aumentar a exigência para os alunos. Entre as principais mudanças está o fim dos dois ciclos com aprovação automática e a divisão dos nove anos do ensino fundamental em três novos ciclos: alfabetização (1º ao 3º anos), interdisciplinar (4º ao 6º anos) e autoral (7º ao 9º anos). Segundo a Secretaria da Educação, a definição das três etapas suaviza a passagem entre uma única professora generalista para uma série de especialistas de um ano para outro.

No modelo atual existe a possibilidade de retenção do aluno por falta de aprendizado apenas nos últimos anos dos dois ciclos (4º e 9º anos). O novo programa propõe ainda a retenção não só no final de cada ciclo, 3º, 6º e 9º ano, mas também no 7º e 8º anos caso o aluno não apresente evolução. Segundo a secretaria, a medida impede que, por exemplo, que a criança chegue aos 8 anos sem estar alfabetizada. Em 2011, com o atual modelo, foi verificado que 38% dos alunos chegaram ao 4º ano sem estarem plenamente alfabetizados.

"O objetivo não é aumentar a repetência, porque sabemos que a indústria da repetência é tão perversa quanto a da aprovação automática. Mas é o sentido de o professor e os próprios estudante organizarem a passagem de nove anos de maneira que se tenha clareza do que se quer em cada etapa do processo. Ao final do terceiro ano, a alfabetização plena. No sexto e assim por diante. No sétimo, oitavo e nono anos eles entram nas especialidades", afirmou o prefeito Fernando Haddad, em nota divulgada antes do evento.

Avaliação mais rigorosa

Entre as mudanças também estão o resgate de tradições escolares abandonadas com o modelo de aprovação automática, como a exigência de realizações de provas bimestrais, boletins com notas de zero a dez, relatórios de acompanhamento e lição de casa regularmente. Além do aumento da exigência na avaliação, cresce o apoio ao aluno com a criação da recuperação intensiva nas férias e período letivo, como também a criação de dependências nos 7º e 8º anos, caso o aluno não evolua em determinada disciplina.

O novo plano prevê ainda melhorias na infraestrutura, como a construção de 367 novas unidades para a educação básica e na formação dos professores, com a criação de um sistema próprio que contará, por exemplo, com 31 pólos da Universidade Aberta. A contratação de novos educadores, além dos mais 3 mil nomeados e 2,3 mil contratados emergencialmente neste ano também fazem parte das alterações.

Os conceitos da reformulação ficarão disponíveis para consulta pública no site do programa Mais Educação até o dia 15 de setembro para receber sugestões da população, antes que seja aplicado nas escolas paulistanas no começo de 2014. 

Fonte: Terra
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