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Sindicato: greve tem adesão de 25% dos professores de SP

No entanto, Secretaria da Educação diz que o percentual de professores faltosos subiu apenas 0,7% nesta segunda-feira

22 abr 2013 - 14h04
(atualizado às 15h38)
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<p>Professores interditaram a avenida Paulista na sexta-feira para cobrar melhores salários</p>
Professores interditaram a avenida Paulista na sexta-feira para cobrar melhores salários
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) disse nesta segunda-feira que 25% dos professores aderiram à greve da categoria, iniciada após assembleia na última sexta-feira. Segundo a presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, a estimativa é que a adesão cresça ao longo da semana e atinja 80% na sexta-feira, quando uma nova assembleia está agendada para o começo da tarde, no vão livre do Museu de Arte (Masp).

No entanto, a Secretaria Estadual da Educação contesta os dados do sindicato e diz que o percentual de professores faltosos cresceu apenas 0,7% nesta segunda-feira. "O registro de faltas, durante a manhã, teve crescimento de apenas 0,7% do total de docentes, em relação à média diária de ausências de 5%. Desse modo, o andamento das aulas e o calendário escolar permanecem inalterados", informou em nota

A presidente do sindicato disse que protocolou um pedido de audiência com o governador Geraldo Alckmin no final desta manhã e espera que a categoria possa ser recebida para dialogar as propostas. Entre as reivindicações está o reajuste salarial de 36,74% e complementação do aumento referente a 2012, de 10,2%, além do cumprimento de no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse, como determina a Lei do Piso, e mudanças na forma de contratação dos docentes temporários. 

O governo, porém, entende que já respeita a jornada e ressalta que o salário de São Paulo é superior ao que determina a lei. A mobilização aconteceu poucos dias após o governador confirmar o aumento no reajuste previsto para julho de 6% para 8,1%. Assim, o salário inicial de um professor de educação básica que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 2.088,27, passará para R$ 2.257,84 a partir de 1º de julho. 

"Espero que o governador nos receba e apresente uma resposta diante do estado que apresentamos, com baixos salários, o problema na contratação dos temporários, sem falar na violências nas escolas que todos os dias vira notícia", disse Maria Izabel. Ela ainda pediu que os pais colaborem com a mobilização dos professores e não mandem seus filhos para o colégio.

Já a secretaria disse que o governo discute há longo tempo com a categoria. "É lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária e ignore o amplo diálogo que a atual gestão tem estabelecido não apenas com os profissionais da rede estadual de ensino, mas também com os sindicatos da categoria. Somente neste ano, o secretário Herman Voorwald e o secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho se reuniram com líderes sindicais nove vezes, sendo três delas por meio da Comissão Paritária"

 

Fonte: Terra
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