PUBLICIDADE

Sem concluir ensino médio, jovem passa em 6 faculdades de medicina

Na última semana, a Justiça de São Paulo negou o pedido da família para garantir a matrícula do jovem sem ter concluído o ensino médio

25 fev 2013 - 17h35
(atualizado às 17h44)
Compartilhar
Exibir comentários

Leandro Bertolo, 17 anos, estava no segundo ano do ensino médio de uma escola particular de São José do Rio Preto (SP) quando prestou o vestibular para medicina em diversas universidades públicas no final do ano passado. Era para ser apenas um teste, mas o jovem conseguiu a aprovação em seis instituições públicas. Agora, a família luta para garantir na Justiça o direito à matrícula mesmo sem ter concluído o ensino médio.

Na última semana, a Justiça de São Paulo negou o pedido do jovem para pudesse fazer a matrícula na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a instituição escolhida por Leandro para fazer o curso superior. No entanto, a família decidiu entrar com um recurso. "Temos informações de vários casos semelhantes que a Justiça permitiu o ingresso dos estudantes no curso superior sem a conclusão do terceiro ano. Mas aqui em São Paulo os juízes são mais conservadores", disse a mãe do jovem, Eny Bertolo.

Ela espera ter uma posição favorável até o começo de março, quando começam as aulas na universidade. Além da Unifesp, ele foi aprovado no vestibular para a Escola Paulista de Medicina e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ele ainda garantiu vaga na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).

O jovem também fez os vestibulares para medicina na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade de Campinas (Unicamp), mas como essas instituições contam com a opção de se inscrever como treineiro - apenas para testar os conhecimentos - ele não poderia pleitear a matrícula. "O desempenho na USP e na Unicamp também foi muito bom, a média dele era de aprovado em medicina", diz a mãe ao afirmar que o filho sempre foi muito estudioso. "Nunca tirou uma nota abaixo de nove", complementa.

Segundo Eny, no colégio onde Leandro estuda, todo o conteúdo do ensino médio foi ensinado no primeiro e no segundo anos. "O terceiro ano é apenas para uma revisão geral para o vestibular. No recurso que vamos apresentar até amanhã vamos deixar bem claro que ele não estará perdendo nenhum conteúdo". Segundo ela, o filho alcançou uma pontuação bem acima da média no Enem (800 pontos em uma escala que vai de 0 a 1 mil), o que deveria ser suficiente para permitir o ingresso na universidade.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), qualquer estudante com mais de 18 anos que tenha alcançado pelo menos 450 pontos no Enem pode pedir à secretaria da Educação do seu Estado o certificado de conclusão do ensino médio. No entanto, os jovens menores de 18 que não tenham concluído o ensino médio precisam entrar com uma ação na Justiça para garantir a obtenção do certificado.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade