PUBLICIDADE

Sem acordo com secretário, professores continuam greve no RJ

12 jul 2011 - 21h37
Compartilhar

A reunião entre representantes do governo do Estado do Rio de Janeiro e dos líderes do movimento grevista dos servidores da Educação terminou sem nenhum tipo de acordo entre as partes. Uma nova rodada de negociações foi marcada para a próxima quinta-feira, às 15h, na sede da Secretaria de Educação, na Rua da Ajuda, no Centro do Rio. Até lá, os servidores garantem que permanecerão acampados na porta do prédio.

O secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, e o secretário de Estado de Planejamento, Sérgio Ruy, receberam seis representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) no fim da tarde. Mais cedo, um grupo de aproximadamente 500 servidores invadiu o prédio administrativo do governo, onde fica a Secretaria de Educação, e acabou retirado pelo Batalhão de Choque.

Participaram do encontro o subsecretário de Gestão do Ensino, Antônio Neto, o subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker, o subsecretário Executivo, Amaury Perlingeiro, entre outros representantes da Seeduc, além dos deputados Marcelo Freixo, Janira Rocha e Robson Leite.

Durante toda a reunião, pouco mais de 50 servidores esperavam pelo andamento da negociação, no 5º andar da Secretaria, enquanto outros 500 fazem vigília na porta do prédio. A categoria exige reajuste de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos. A paralisação dos servidores começou no dia 7 de junho.

Secretaria divulgou investimentos

A Secretaria de Educação ressaltou, em nota divulgada na última quinta-feira, que em 2011 mais de R$ 1,2 bilhão serão investidos no setor. Segundo a nota, a verba será distribuída por diversos segmentos, entre eles a melhoria salarial dos professores e servidores, passando pela concessão do auxílio-transporte, pagamento de processos pendentes há mais de uma década, qualificação e formação para os docentes e obras em unidades escolares.

A nota informa, ainda, que o impacto estimado no valor do vencimento-base, de junho para julho, será de aproximadamente 9,2%. O salário base do docente de 16 horas semanais, por exemplo, passará de R$ 765,66 (junho/11) para R$ 836,10 (julho/11). Essas medidas beneficiarão cerca de 167 mil servidores da Educação, entre ativos, inativos e pensionistas; e representarão um esforço orçamentário de R$ 711 milhões em 2011.

Tumulto antes da reunião

Mais cedo, professores da rede estadual de ensino invadiram o prédio da Secretaria Estadual de Educação. Antes, o grupo estava concentrado na Alerj onde fez um protesto. Por causa do protesto, o trânsito ficou lento no local. A PM, que acompanhava a movimentação do grupo, tentou impedir a entrada dos professores e um tumulto de formou. Policiais usaram spay de pimenta para dispersar a multidão.

Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade