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SC: universidade federal tem 90% de alunos de escola pública

UFFS recebeu o Prêmio Santander em categoria sobre inclusão

10 nov 2014 - 09h57
(atualizado às 10h06)
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<p>Felipe Alcarde Rodrigues recebeu o troféu de empreendedorismo das mãos do governador Geraldo Alckmin</p>
Felipe Alcarde Rodrigues recebeu o troféu de empreendedorismo das mãos do governador Geraldo Alckmin
Foto: Carlos Della Rocca / Divulgação

Uma universidade com 90% de estudantes vindos de escolas públicas. Esta é a realidade da Universidade Federal da Fronteira Sul, de Santa Catarina. O número foi alcançado com a política de ingresso na graduação desenvolvida pela instituição. A ação foi reconhecida com o prêmio Santander Universidades, na categoria Guia do Estudante - Inclusão.

O processo seletivo na UFFS tem um sistema de reserva de vagas que vai além das exigências da Lei Federal de Cotas, que determina que 50% das vagas nas faculdades federais sejam destinadas a alunos que tenham cursado o ensino médio em escolas públicas e que o percentual de negros e pardos ingressantes respeite a proporção étnica de cada Estado. Na UFFS, são considerados ainda a renda familiar e o histórico escolar do estudante, mesmo daqueles egressos de escolas privadas. A universidade também se orgulha de ter ao menos um aluno negro ou indígena em praticamente todos os cursos.

O Prêmio Santander Universidades 2014 foi entregue no dia 5 de novembro a projetos universitários divididos nas categorias empreendedorismo, guia do estudante, universidade solidária e ciência e inovação. No total, foram 21 vencedores, distribuídos nas quatro categorias, cada um recebeu R$ 100 mil para dar continuidade a seu projeto.

<p>À direita, o pró-reitor de graduação da UFFS, João Alfredo Braida recebe prêmio na categoria Guia do Estudante - Inclusão</p>
À direita, o pró-reitor de graduação da UFFS, João Alfredo Braida recebe prêmio na categoria Guia do Estudante - Inclusão
Foto: Carlos Della Rocca / Divulgação

Um dos vencedores da categoria universidade solidária foi o projeto Plantando Saúde e Colhendo Vida, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenada pela professora Ingrid Bergman de Barros, a ação é desenvolvida no bairro Lomba do Pinheiro, na periferia de Porto Alegre, e propõe a geração de renda com a plantação de hortaliças e temperos. A universidade capacita membros da comunidade na fabricação de vinagres e temperos para a venda. Também é prevista a coleta de óleo usado para a fabricação de sabão.

Ingrid comemora o resultado e ressalta que o projeto é importante por dar visibilidade à comunidade e desenvolver suas potencialidades, conquistando autonomia. Para a professora, ações de extensão também são formas da universidade retornar o conhecimento para a sociedade. Ela também valoriza o impacto do projeto para os estudantes envolvidos. “É uma sala de aula ao ar livre. Eles podem ir além do campo teórico e ver como pode ser a atuação profissional.”

Na categoria Ciência e Inovação, um dos campeões foi o projeto Automatização do Processo de Modelagem de Vestuário para a Criação de Peças personalizadas, da Universidade de São Paulo. O coordenador, Luciano Vieira de Araújo, professor do curso de bacharelado em Sistemas da Informação, explica que o trabalho é interdisciplinar, envolvendo também professores de Artes Cênicas e da área Têxtil e Moda. O programa desenvolve moldes de tamanhos variados. “Podemos criar um vestido para a boneca de uma criança ou em proporções enormes”, comentou Araújo. A ideia é auxiliar na criação de roupas personalizadas e buscar o modelo ideal para cada pessoa.

Com o prêmio, o professor acredita que será possível acelerar o processo e otimizar o corte. Outra possibilidade do programa é reconstituir peças de época, para auxiliar museus e facilitar o acesso a modelos antigos, preservando os originais. Neste sentido, foi feito um concurso para criar um modelo de vestido para a Princesa Isabel.

O último prêmio do dia foi entregue pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Em clima de torcida, o nome do vencedor da categoria empreendedorismo, escolhido pelo júri popular, foi recebido por gritos animados dos amigos que o acompanhavam. Felipe Alcarde Rodrigues, estudante de MBA em Gestão da Tecnologia da Informação, do Centro Universitário Anhanguera, venceu o prêmio com sua Impressora 3D Standard CNC Brasil. A proposta de Rodrigues é tornar impressoras 3D mais acessíveis ao consumidor. Com materiais leves e recicláveis, a impressora criada pelo estudante é totalmente produzida no Brasil.

Na sequência da semana promovida pelo banco, no dia 7 de novembro, durante o treino livre da Fórmula 1, em Interlagos, 100 estudantes de diversas instituições de ensino superior brasileiras receberam bolsas de estudo para cursarem um semestre no exterior, com valor de 5 mil euros. A cerimônia de entrega contou com a presença do piloto Fernando Alonso, da Ferrari.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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