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SC: em greve, professores acampam na frente da Assembleia

20 jun 2011 - 22h58
(atualizado às 23h15)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

Professores da rede estadual de Santa Catarina montaram um "acampamento" em frente à Assembleia Legislativa do Estado na noite desta segunda-feira para pressionar o governo pelo fim da greve que já dura 33 dias. O grupo, formado por mais de 100 grevistas, armou barracas em uma praça diante do prédio do Legislativo. Os manifestantes promoveram um churrasco e prometem permanecer acampados até que o governador Raimundo Colombo (que deixou o DEM e pretende ingressar no PSD) volte a negociar com a classe.

Professores montaram acampamento e fizeram um churrasco em frente à Assembleia de Santa Catarina na noite desta segunda-feira
Professores montaram acampamento e fizeram um churrasco em frente à Assembleia de Santa Catarina na noite desta segunda-feira
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra

Nesta segunda-feira, o governo catarinense veiculou comunicados na imprensa salientando que apenas retomará as conversas quando os professores voltarem às salas de aula. O governo ainda determinou o desconto dos dias de greve na folha de pagamento e anunciou a contratação de substitutos para os grevistas. Raimundo Colombo afirmou hoje que irá recorrer à Justiça para pedir a decretação de ilegalidade de greve dos professores. Há mais um mês, cerca de 700 mil crianças permanecem sem aulas, o que deve comprometer o ano letivo na rede estadual.

A ação do governo não intimidou o manifesto dos professores diante da Assembleia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte), o grupo irá pressionar os deputados estaduais na sessão desta terça-feira para a solução do impasse e só deve deixar o local depois das "reivindicações atendidas".

Há quase um mês, representantes da classe e governo tentam sem sucesso chegar a um acordo. Uma das maiores controvérsias é com relação ao piso nacional do Magistério, estipulado em R$ 1.187,97. Os professores querem que o piso nacional seja o salário inicial, pago sem a retirada de outros benefícios que estão na folha de pagamento.

Fonte: Especial para Terra
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