Estudantes e professores integrantes do Centro Estadual dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato) e da Comissão de Educação do Bloco de Lutas pelo Transporte Público desocuparam a antessala da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado por volta das 10h desta quarta-feira. O local foi ocupado na tarde de ontem.
Os manifestantes deixaram o local em virtude da audiência agendada para esta manhã, cumprindo o que foi acordado na noite anterior, após reunião com o presidente da Casa, deputado Pedro Westphalen (PP). Antes de deixar a antessala da Presidência, eles leram um documento, intitulado Nota de Esclarecimento à Comunidade Escolar, que explica os motivos que levaram o grupo a permanecer na Assembleia Legislativa. A nota foi elaborada pelos manifestantes durante a ocupação.
As reivindicações incluem o passe livre sem distinção - a Assembleia discute um projeto de passe livre intermunicipal para estudantes -, fim do ensino médio politécnico e o pagamento do piso nacional do magistério.
Greve dos professores no Rio Grande do Sul
Os docentes, em greve desde o dia 26 de agosto, cobram o cumprimento da lei do piso, que prevê um salário básico (sem as vantagens) de R$ 1.567 para uma jornada de 40 horas semanais. Atualmente, o Estado paga o pior salário aos seus professores em comparação com o resto do País – um docente com o ensino médio recebe R$ 977,05. O governo argumenta que, embora não cumpra o piso, aprovou reajustes que chegarão a 76,68% em quatro anos.
O governo estadual pressiona pela manutenção das atividades com o corte do ponto de quem aderir ao movimento. A última paralisação por tempo indeterminado realizada pelos professores ocorreu em 2011, contra a reforma do ensino médio.
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