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Rio: professores da rede estadual protestam no palácio do governo

Os docentes em greve cobram do governador Sérgio Cabral que retire o veto ao projeto que define matrícula em apenas uma escola

16 ago 2013 - 14h40
(atualizado às 14h42)
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Depois do sucesso com cerca de 15 mil professores do município reunidos na última quarta-feira na frente do Palácio da Cidade, a vez é dos professores da rede Estadual de ensino voltarem a se manifestar em frente ao Palácio Guanabara. Os docentes, de acordo com a coordenadora Geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Ivanete Conceição, pretendem sensibilizar o governador Sérgio Cabral para negociar algo mais que os 8% de reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa.

"Queremos que o governador reveja o veto ao projeto que chamamos 'uma matrícula, uma escola', que facilita a vida do professor" explica Ivanete, lembrando que para isso vai ser preciso rever a grade curricular do ensino fundamental entre o 6º e o 9º anos. "Mas o governo diz que não tem como fazer isso", afirma a sindicalista.

Os professores do Estado, em greve desde a semana passada, pedem reajuste de 28%: 23% de perdas nos anos de governo Cabral e mais 5% de valorização. Mas de acordo com a Secretaria de Educação, em nota ao Terra, o reajuste de 8% aprovado e já pago na folha de julho, está acima do reajuste do piso nacional da categoria que foi de 7,9% e acima da inflação que foi de 5,8%. "Esse reajuste é insuficiente para todas as perdas que tivemos ao longo dos últimos anos", lembra Ivanete Conceição, que diz que o secretário Wilson Risolia só recebeu a categoria para conversar uma vez ao longo de todo o ano de 2013.

Sobre o veto à lei 2200 que pretendia fixar os professores em apenas uma escola por cada matrícula, evitando que o mesmo profissional tenha que se deslocar por quatro, cinco escolas para cumprir sua carga horária semanal, a Secretaria de Educação explica que 75% dos professores estão lotados em apenas uma escola e 20% em no máximo duas. "A ação proposta por alguns parlamentares causaria carência na rede. Esse seria um mundo ideal, a Secretaria entende que seria bom tanto para os docentes quanto para a própria secretaria. Mas não pode ser implementada de uma hora para outra. A secretaria já trabalha no dimensionamento da rede" afirma na nota, ao reforçar que há professores que incluem na conta de quatro escolas, algumas particulares.

De acordo com o Sepe, a greve da rede estadual tem adesão de 40 a 45% dos professores. Números que são contestados pela Secretaria Estadual de Educação, que diz que apenas 0,5% dos professores  do Estado aderiram ao movimento, que considera "inoportuno e que prejudicará alunos e pais. A pasta reforça ainda que todas as faltas serão descontadas.

Os professores esperam ser recebidos mais tarde no Palácio Guanabara, mas de acordo com a secretaria, já há uma reunião marcada com os professores para a próxima segunda-feira. A próxima assembleia da categoria será na próxima quarta-feira no clube municipal, na Tijuca, zona norte da cidade.

Fonte: Terra
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