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Recife e DF registram greves de profissionais da educação

15 jul 2014 - 23h49
(atualizado às 23h51)
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Professores da rede municipal de Recife entraram em greve nesta terça-feira. De acordo com o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), a paralisação já estava decidida desde o dia 9 e mais da metade dos professores aderiu à greve. Em assembleia realizada na manhã de hoje, a greve foi aprovada por unanimidade pelos mais de dois mil professores que participaram da plenária.

No Distrito Federal (DF) a greve é dos trabalhadores terceirizados que atuam na limpeza das escolas e na merenda escolar. A categoria está parada desde a última quarta-feira. De acordo com o sindicato da categoria, metade dos 2,8 mil trabalhadores terceirizados nas escolas, aderiu à paralisação. As regiões mais prejudicadas são as cidades de Sebastião, Planaltina, Sobradinho, Paranoá, Itapoã, Gama e Santa Maria, na periferia de Brasília.

No Recife, os trabalhadores entraram em greve pelo cumprimento da aula atividade, prevista na Lei do Piso (11.738/08), segundo a qual, um terço do tempo do professor deve ser usado no planejamento de aulas e outras atividades acadêmicas. A prefeitura de Recife disse que os professores deveriam optar pela aula atividade ou por um bônus.

“Trocar hora atividade por bônus é ilegal”, disse o diretor do Simpere, Carlos Elias Andrade. “Trabalhamos em condições horríveis. As escolas estão praticamente sem dinheiro para funcionar e para manter as atividades pedagógicas”, acrescentou.

Em nota, a prefeitura diz que a aula atividade foi totalmente implementada em junho de 2014.  “Ocorre que vários docentes procuraram diretamente a Secretaria de Educação solicitando a manutenção do abono (que era provisório até a implementação completa da lei). Diante das inúmeras solicitações, a partir de julho, a secretaria resolveu dar aos professores o direito de escolher a opção que melhor lhes convêm", informou o município.

Sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, outra reivindicação dos professores, a prefeitura disse que propôs ao Simpere, em reunião realizada no dia 10 de junho, a criação de uma comissão para debate do assunto. Os professores seguem em greve por tempo indeterminado.

No DF, os trabalhadores terceirizados cobram o pagamento do tíquete-alimentação, em atraso desde o mês passado."O tíquete é muito importante para quem ganha R$ 873 por mês. É com ele que os trabalhadores fazem a feira, alimentam os filhos", disse Antônio de Pádua Lemos, diretor de Comunicação do sindicato da categoria.

Segundo Lemos, o governo do DF se comprometeu a repassar o dinheiro às empresas terceirizadas e a pedir prioridade na liberação. A expectativa é que os trabalhadores recebam o tíquete na quinta-feira. Até lá, seguem em greve. Segundo Lemos não é a primeira vez que isso acontece.

Em nota, a Secretaria de Educação do DF (SEDF) informou que algumas unidades educacionais optaram pela redução de horário ou pela suspensão do dia letivo durante a greve e "terão que realizar a reposição, até que se cumpram os 200 dias exigidos por lei e assim, não se tenha nenhum prejuízo pedagógico para os estudantes”. A maioria, no entanto, segue com a rotina normal. A secretaria disse ainda que serão aplicadas multas, como previsto no contrato com as empresas que prestam serviços terceirizados nas escolas. “A SEDF informa que não possui débitos com nenhuma empresa que presta serviços terceirizados”.

Agência Brasil Agência Brasil
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