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ProUni ganha visibilidade, mas avaliações ainda são negativas

28 fev 2011 - 10h38
(atualizado às 12h23)
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O Programa Universidade para Todos (ProUni), que tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais em cursos de graduação em instituições privadas de educação superior, foi o programa específico na área de educação que apresentou maior visibilidade social na pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre os entrevistados, 61% afirmaram conhecê-lo.

A pesquisa verificou que houve preponderância das respostas que consideram a quantidade de vagas ofertadas insuficiente no ProUni
A pesquisa verificou que houve preponderância das respostas que consideram a quantidade de vagas ofertadas insuficiente no ProUni
Foto: Ipea / Reprodução

Outro dado importante é que 80% dos que afirmaram conhecer o programa não eram bolsistas nem parentes ou amigos de alunos beneficiados, o que, segundo o estudo "indica que esse conhecimento esteja relacionado à continua exposição do programa pela mídia, em especial a televisão, já que é um dos carros-chefes da política educacional do governo brasileiro (atual e anterior)".

A visão da população sobre o programa em si, no entanto, não foi positiva. Em relação ao número de vagas disponíveis, por exemplo, 84,2% disseram considerar a quantidade insuficiente (muito pouca e pouca), e apenas 15,8% disseram que as vagas opfertadas são suficientes.

A respeitos dos critérios utilizados pelo ProUni para selecionar seus bolsistas, apenas 32,7% consideraram que são bons, enquanto 40% disseram ser regulares e 27,3% acham que são ruins. A pesquisa também mostrou que 73,4% das pessoas acham que o programa deveria ser ampliado.

Impostos

Sobre a isenção de impostos recebida pelas instituições privadas de ensino superior, mais de 70% dos entrevistados entendem que não poderia ser ampliada.

De acordo com a renda dos entrevistas, as diferenças nesses dados são significativas. Entre os com menor renda, 29% defendem a ampliação da isenção, enquanto entre os de renda maior esse número é de apenas 11%.

Pesquisa

Segundo o Ipea, a pesquisa foi feita com a aplicação de um questionário de 21 questões objetivas para 2.773 pessoas, em suas residências, em todo o País, no período de 3 a 19 de novembro de 2010. A amostra foi definida por cotas, tendo como parâmetro a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) de 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todos os entrevistado responderam a perguntas sobre a qualidade de educação pública no Brasil independentemente de frequentarem a escola ou serem responsáveis por alunos.

A pesquisa também não delimitou um período de comparação.

Fonte: Terra
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