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Protesto estudantil no Chile termina com 874 presos e 90 feridos

Protesto estudantil no Chile termina com 874 presos e 90 policiais feridos

5 ago 2011 - 10h18
(atualizado às 12h11)
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Mais de 800 detidos e cerca de cem policiais lesionados foram o saldo das manifestações estudantis de quinta-feira em dezenas de cidades do Chile, informou nesta sexta-feira o porta-voz de governo Andrés Chadwick. "O total de detidos após a marcha estudantil de ontem chega a 874 pessoas em nível nacional" e há "mais de 90 policiais feridos", disse Chadwick à imprensa local.

Centenas de estudantes tentaram durante toda a quinta-feira marchar pelo centro de Santiago e de outras cidades, mas foram reprimidos pela polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água, após o governo anunciar a proibição destas manifestações.

"Nós sabíamos que ao colocar limites iam ocorrer manifestações, mas acredito que há vezes que a autoridade tem que demonstrar que também está protegendo o direito de todos", disse Chadwick.

Os estudantes se queixaram da "repressão policial" que, segundo eles, lembra as ações da polícia durante a ditadura militar do general Augusto Pinochet, que governou o Chile entre 1973 e 1990.

A repressão "demonstra que o governo não foi capaz de entender a magnitude deste movimento. Imagino que terá sido assim há 30 anos no Chile", disse Camila Vallejo, uma das principais líderes estudantis.

As demandas dos estudantes, que começaram há dois meses pedindo o fortalecimento da educação pública, traduziu-se em passeatas, greves de fome e ocupação de escolas e universidades por parte dos estudantes.

Após protestos contra o governo, policiais chilenos se concentram próximo ao Palácio Presidencial
Após protestos contra o governo, policiais chilenos se concentram próximo ao Palácio Presidencial
Foto: AFP
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