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Professores municipais mantêm greve em São Paulo

Nova assembleia foi marcada para sexta-feira à tarde em frente à prefeitura

14 mai 2013 - 15h51
(atualizado em 16/5/2013 às 18h29)
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Professores da rede municipal ocuparam o Viaduto do Chá, no centro da cidade
Professores da rede municipal ocuparam o Viaduto do Chá, no centro da cidade
Foto: Marcelo Fortin / vc repórter

Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram nesta terça-feira continuar com a greve iniciada no dia 3 de maio. A decisão foi tomada durante assembleia conjunta com integrantes do Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal (Sinpeem) e Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), realizada em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, na capital paulista. Novo encontro foi marcado para as 14h de sexta-feira, no mesmo local.

A categoria pede melhores condições de trabalho, combate à violência nas escolas, fim das terceirizações e redução do número de alunos por sala de aula. Os educadores reivindicam ainda reajustes de 6,55% retroativo a maio de 2011, 4,61% retroativo a maio de 2012 e 6,51% referente a 2013.

A Secretaria da Educação argumenta que assumiu o compromisso de conceder reajuste de 10,19% já para o mês de maio deste ano e outro de 13,43% para maio de 2014, mas apesar de várias reuniões ainda não houve acordo entre os grevistas e o governo.

De acordo com Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem, houve avanços positivos nas negociações com a prefeitura, principalmente no que diz respeito aos profissionais com menores salários, mas ainda há muito por se conquistar.

"Não estamos fazendo apenas uma greve por melhoria nos salários, mas sim por melhores condições gerais de trabalho, o que até agora não tivemos resposta. Vamos ter mais uma rodada de negociações nesta quarta-feira e na sexta-feira vamos realizar nova assembleia para decidir se o movimento prossegue", afirmou.

O presidente da Aprofem, Ismael Nery Palhares, afirma que apesar de as reivindicações emergenciais, para aqueles que ganham menos, serem razoavelmente satisfatórias, questões como a falta de segurança nas escolas e atos de indisciplina contra professores e funcionários devem entrar na mesa de negociações.

"Vivemos uma situação em que as lutas têm de ser em conjunto. Queremos uma melhor remuneração, mas também condições dignas para se trabalhar", afirmou.

O ato, que reuniu cerca de 4 mil pessoas (6 mil na avaliação dos sindicatos), ocorreu na frente da prefeitura de São Paulo. Depois disso, os professores saíram em passeata até a praça da República, local onde encerraram o ato. 

Houve um princípio de confusão quando o carro de som foi desligado. Uma pessoa foi detida pela Polícia Militar, acusada de furto. Manifestantes imaginaram que era a prisão de alguém que estava participando do movimento e saíram em defesa do rapaz. No fim, ele foi encaminhado para o 3º Distrito Policial para averiguação.

Colaborou com esta notícia o internauta Marcelo Fortin, de São Paulo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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