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Professores mineiros acampam em frente à casa do governador

Em busca de reajuste salariam, plano de carreira e melhores condições de trabalho, docentes protestam contra o governo de Minas Gerais

3 set 2013 - 17h36
(atualizado às 17h39)
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Cerca de 20 professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais estão acampados há cinco dias em frente ao Palácio das Mangabeiras, região sul de Belo Horizonte, residência oficial do governador do Estado, Antônio Anastasia (PSDB). Segundo a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte), Idalina Franco de Oliveira, a ocupação é "por tempo indeterminado", devendo durar "até que o governador abra as negociações".

<p>Idalina, professora de Biologia na Escola Estadual Professora Maria Am&eacute;lia Guimar&atilde;es, no bairro Piraj&aacute;</p>
Idalina, professora de Biologia na Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães, no bairro Pirajá
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

De acordo com Idalina, que é professora de Biologia na Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães, no bairro Pirajá, os manifestantes de várias regiões do Estado estão se revezando no acampamento, que tem 10 barracas e banheiro químico. "Queremos que o Estado cumpra o acordo que fez para acabar a greve em 2011, quando paramos por 112 dias, e que pague o piso mínimo nacional para a categoria (hoje estabelecido em R$ 1.567 para um turno de 40h semanais) como o próprio Anastasia se comprometeu. E esperamos ainda que o Estado faça o descongelamento da carreira, pagando já as gratificações, não empurrando para 2016. E claro, que nos sejam dadas melhores condições de trabalho nas escolas estaduais, que estão tomadas pela violência e pelo sucateamento", reivindicou.

"Vamos ficar aqui, estamos fazendo atividades para passar o tempo e convocar mais gente, como o Churrasco do Anastasia, Almoço do Anastasia, e se preciso for, vamos parar novamente. A greve é um mal necessário", concluiu Idalina.

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Diliana Márcia de Barros, que leciona Geografia em duas escolas estaduais, divide a pequena barraca de aproximadamente 1 m² com a filha de sete anos, que à noite dorme no local
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

Uma das professoras acampadas é a educadora Diliana Márcia de Barros, que leciona Geografia em duas escolas estaduais e se reveza entre as aulas e a ocupação "para tentar conseguir com o governo negocie", conforme explica.

A professora contou que divide a pequena barraca de aproximadamente 1 m² com a filha de sete anos, que durante o dia estuda e à noite dorme no local.

A secretaria de comunicação do governo de Minas Gerais informou que não vai se pronunciar mais sobre as reivindicações da categoria de professores.

Professores recebem apoio de eletricitários

Na tarde desta terça-feira, os professores receberam o apoio de 10 eletricitários que foram demitidos recentemente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo Waldece Wagner Alexandre de Souza, representante do grupo, eles representam 100 ex-funcionários da empresa desligados a partir de abril. "Viemos engrossar o movimento e saber como agem nas negociações. Queremos nosso emprego de volta, e vamos tentar de forma política. Por isso queremos participar e apoiá-los", explicou.

Fonte: Especial para Terra
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