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Professores iniciam greve no RS; governo promete cortar ponto

26 ago 2013 - 11h07
(atualizado às 11h12)
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<p>Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul decidiram na tarde de sexta-feiraentrar em greve por tempo indeterminado </p>
Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul decidiram na tarde de sexta-feiraentrar em greve por tempo indeterminado
Foto: André Ávila, Cpers / Divulgação

Professores da rede estadual do Rio Grande do Sul iniciaram nesta segunda-feira uma greve decidida em assembleia da categoria na semana passada. Nesta manhã, representantes do Centro dos Professores (Cpers-Sindicato) fazem visitas às escolas da rede para garantir a adesão dos educadores ao movimento, enquanto o governo estadual pressiona pela manutenção das atividades com o corte do ponto de quem aderir ao movimento.

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O Cpers cobra o cumprimento da lei do piso, que prevê um salário básico (sem as vantagens) de R$ 1.567 para uma jornada de 40 horas semanais. Atualmente, o Estado paga o pior salário aos seus professores em comparação com o resto do País – um docente com o ensino médio recebe R$ 977,05. O governo argumenta que, embora não cumpra o piso, aprovou reajustes que chegarão a 76,68% em quatro anos.

Segundo a presidente do Cpers, Rejane Oliveira, não foi feita uma estimativa de adesão ao movimento já que até terça-feira as escolas devem permanecer abertas para reuniões entre professores e alunos sobre a greve. "O comando do sindicato e os núcleos regionais estão conversando com os professores. Já temos alguns retornos, das maiores escolas da capital, que aderiram completamente à greve", disse, ao citar os colégios Protásio Alves e Julio de Castilhos. Ela ainda afirmou que o governo tenta reprimir o movimento por meio do corte de ponto.

A Secretaria da Educação disse que até o fim do dia deve ter um balanço do número de escolas que estão sem aulas por causa da greve, mas disse que a orientação é para que os pais mandem seus filhos para a escola. De acordo com a pasta, as direções escolares são responsáveis por manter as escolas abertas e pelo registro da presença ao trabalho de professores e funcionários - quem faltyar vai ter desconto no salário.

A última paralização por tempo indeterminado realizada pelos professores ocorreu em 2011, contra a reforma do ensino médio. Entre as reivindicações estão o pagamento integral do piso nacional também para funcionários, a suspenção da reforma do ensino médio até que se faça um debate com a comunidade escolar, licença maternidade de seis meses, entre outras propostas. 

Fonte: Terra
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