Professores adotam técnicas para evitar plágios de trabalhos
6 mai2011 - 08h18
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Mesmo quando não existia a internet, os alunos já tinham o costume de copiar trechos inteiros de enciclopédias nos trabalhos escolares. Porém, a facilidade de colocar palavras-chave em sites de busca e ali surgir toda o conteúdo exigido em uma tarefa tem resultado em preocupação para os professores, que encontram mecanismos para evitar a ação dos alunos plagiadores.
Adriana Iassuda, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental do Colégio Itatiaia, em São Paulo, afirma que os professores estão precavidos. "Os alunos acham que não usamos a internet, que não fazemos parte desse mundo", comenta. "A verdade é que, assim como eles procuram no Google por um trabalho pronto, os educadores já têm o costume de colocar trechos desse trabalho também nos sites de busca para descobrir se é original".
Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental a prática de copiar não é tão comum, avalia Priscila Rocha, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental Um do Educandário Monteiro Lobato, no Rio de Janeiro. Isso porque os professores costumam indicar o laboratório de informática para a realização de pesquisas, e lá os monitores podem dar suporte. Já a partir do 6º ano, o adolescente é mais independente e quer testar limites, aí a tentação de copiar é grande, diz a professora.
A solução é propor atividades a partir do conteúdo e não simplesmente pedir que tragam informações. Priscila sugere a criação de seminários, em que o tema estudado é debatido pela turma. Outra possibilidade é que os estudantes apresentem na frente dos colegas o que pesquisaram ou que escrevam. Dessa maneira, o aluno é obrigado a refletir e a comprender o que pesquisou.
No Colégio Itatiaia, a estratégia é parecida. "Não aceitamos que ele simplesmente imprima algo da internet. A criança tem de elaborar um texto a partir da pesquisa", afirma Adriana. Para saber se ela leu e compreendeu, o aluno é obrigado a escrever uma síntese ou apresentar o seu trabalho para o professor.
Caso se comprove que o aluno realmente cometeu plágio, ele é obrigado a refazer o trabalho. "Normalmente isso acontece com quem deixou para a última hora", diz Adriana. Se não for uma prática recorrente, a coordenadora conta que os pais não são chamados na escola. Já no Itatiaia, a família deve ir ao colégio na primeira vez em que o problema acontece. "Chamamos o responsável e a orientadora educacional pontua essa questão para pais e filho", afirma Priscila.
Monografias
O ato de plagiar os trabalhos não é comum apenas no colégio, ele também acontece com projetos finais de graduação e de pós-graduação. "De uns tempos para cá, notamos que muitos alunos começaram a querer bancar os 'espertos'", afirma André Valle, coordenador de MBA em Gerenciamento de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBS).
Com tantos serviços disponíveis para a compra de monografias e outras tantas simplesmente prontas na web, a solução foi profissionalizar a verificação desse material. Se antes os professores apenas lançavam em sites de busca alguns trechos da pesquisa, agora a Fundação utiliza um software específico para farejar plágios, o Éphoros.
Como o programa roda no servidor, mantém o computador ágil, e os professores podem salvar o trabalho no Éphoros em um dia e buscá-lo no outro. "Ele te dá toda a prova do crime, fornecendo um relatório completo com as referências de todos os trechos do texto", diz Valle. A eficiência do programa já mostrou resultado e diminuiu as cópias de 20% dos trabalhos para menos de 1% em um ano. Valle ressalta que citações de outros autores são bem-vindas, só não dá para copiar uma parte e chamar de seu.
A escola informou que privilegia o contato com a natureza como forma de educar
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A designer de interiores Daniela de Assis Ferreira, mãe da aluna Izabela, 10 anos, aprova a formação dada pela escola de Minas Gerais
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A diretora do instituto da Criança de Belo Horizonte, Margarida Lélis Figueiredo, aposta no contato com a natureza como diferencial na formação dos alunos
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A escola conta com um zoológico com mais de 100 animais, como araras, pavões, tartarugas e coelhos
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Segundo a escola, as crianças aprendem que o mesmo cuidado que se deve ter com os animais e com as plantas, deve ser mantido em relação aos colegas
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Além do zoológico, a escola conta com um espaço onde são cultivadas árvores frutíferas
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
As crianças aprendem a plantar as ávores e a forma de cultivo
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A escola atende cerca de 600 alunos na região centro-sul de Belo Horizonte
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
De acordo com a escola, o contato com a natureza faz com que as crianças aprendam na prática as lições ensinadas em aula
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Espaço na escola reúne diversas espécies de animais
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Crianças brincam em parquinho montado nas proximidades do minizoológico
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Parquinho para crianças em escola de Belo Horizonte foi construído em meio a árvores
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A escola Apoena, em Londrina (PR), também aposta no contato com a natureza para atrair os alunos
Foto: João Fortes / Especial para Terra
A instituição atende 140 crianças no berçário, educação infantil e ensino fundamental
Foto: João Fortes / Especial para Terra
A escola tem uma estrutura preparada para receber animais, doados ou emprestados por pessoas que admiram o interesse das crianças pelos bichos
Foto: João Fortes / Especial para Terra
O cuidado com as plantas também faz parte do aprendizado dos alunos, que cultivam uma horta montada na escola
Foto: João Fortes / Especial para Terra
A mascote dos alunos é a cachorra Lila, uma Cocker de 14 anos, moradora da escola
Foto: Divulgação
O animal circula livremente pelo quintal e recebe cuidados das crianças
Foto: Divulgação
Desde pequenos, alunos aprendem a cuidar das plantas na horta da escola
Foto: Divulgação
Crianças montaram até um "insetário" onde são apresentadas as espécies
Foto: Divulgação
Mãe de duas alunas, Letícia Figueiredo afirma que a escola proporciona aprendizados e brincadeiras que têm se perdido ultimamente
Foto: Divulgação
As aulas de robótica fazem parte da grade curricular do Colégio Apoio, em Recife (PE), a partir do sexto ano
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Alunos apresentam trabalho criados nas aulas de robótica em escola de Recife
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Estudantes se preparam para dois concursos internacionais de robótica que vão participar este ano, nos Estados Unidos e na Turquia
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Ter espírito empreendedor, encarar os desafios, gostar de pesquisas e ser dedicado são requisitos para participar das competições
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Segundo a escola, as aulas de robótica auxiliam na formação dos alunos
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Estudantes criam robôs para participar das competições internacionais
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Aluno mostra com orgulho os materiais criados nas aulas de robótica
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Escola aponta que as aulas de robótica são importantes na preparação dos jovens para o futuro
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Segundo a professora Érica Stier, os alunos voltam para a sala de aula com empolgação para aprender os conteúdos
Foto: Divulgação
A Escola Educativa, em Londrina (PR), inseriu a disciplina de empreendedorismo na grade curricular há cerca de 10 anos
Foto: João Fortes / Especial para Terra
Na formação dos empreendedores mirins, a escola realiza uma atividade de simulação da criação de empresas
Foto: Divulgação
Em uma feira, no próprio colégio, os alunos montam seus espaços e vendem produtos para pais e professores
Foto: Divulgação
Alunas escolheram vender lenços e montaram seu espaço na feira organizada pela escola
Foto: Divulgação
Segundo a escola, alunos ficam mais participativos em aula com as atividades de empreendedorismo
Foto: Divulgação
A escola também realiza atividades externas, como esportes radicais
Foto: Divulgação
Alunos realizam atividades para aprender a superar desafios
Foto: Divulgação
As crianças e adolescentes da escola aprendem não apenas como gerir um negócio, mas também valores como ter autonomia e vencer os medos
Foto: Divulgação
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