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Presidente da UNE: não é de hoje que o diálogo da PM é do cassetete

14 jun 2013 - 19h14
(atualizado às 19h33)
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<p>A Polícia Militar reprimiu o protesto da noite de ontem com violência</p>
A Polícia Militar reprimiu o protesto da noite de ontem com violência
Foto: Fernando Borges / Terra

Um dia depois de presenciar a repressão policial nas ruas de São Paulo durante o protesto contra o aumento da passagem do transporte coletivo, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros, disse que não é de hoje que a Polícia Militar de São Paulo usa da violência para acabar com as manifestações estudantis no Estado. "A Polícia Militar tem tido com os estudantes um diálogo a base do cassetete. Isso foi visto várias vezes nas manifestações na USP e em outros protestos que o movimento estudantil participou, como em Pinheirinhos. Agora não é diferente", disse a jovem em entrevista por telefone nesta sexta-feira.

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Aluna do curso de letras da USP, Vírgina disse que presenciou cenas lamentáveis na noite de ontem pelas ruas da região central de São Paulo. "O movimento era pacífico. Os jovens distribuíam flores e gritavam palavras de ordem quando a polícia chegou para bater". Ela afirmou ainda que passou boa parte da noite de ontem acompanhando as pessoas que foram presas nas delegacias e oferecendo assessoria jurídica da UNE a todos os estudantes detidos.

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Virgínia também lamentou o que considera a criminalização dos movimentos sociais no Brasil. "Foram mais de 200 pessoas detidas, quatro continuaram presas e foram enquadradas por formação de quadrilha, dano e incitação à violência. Não podemos admitir essa ferida profunda na nossa democracia, que é impedir que as pessoas se manifestem", lamentou.

Eleita presidente da UNE no começo deste mês, ela garantiu que a entidade vai continuar participando de todas as marchas contra o aumento da passagem que forem realizadas em São Paulo e nas demais cidades brasileiras.  "Essas manifestações são importantes porque mostram a necessidade de debatermos uma política nacional de transporte público, revogando os aumentos de tarifas e garantindo um sistema mais acessível e eficiente", completou. 

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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