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Aluna transgênero usa banheiro feminino e é repudiada

Lila Perry foi autorizada a utilizar o banheiro e o vestiário feminino no começo do ano letivo, mas estudantes não aceitam medida

2 set 2015 - 17h28
(atualizado às 18h05)
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Estudantes de uma pequena cidade do estado de Missouri, nos Estados Unidos, fizeram um protesto na última segunda-feira (31) após uma estudante transgênero ser autorizada a utilizar o banheiro e vestiário femininos.As informações são da revista People.

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Mais de 100 estudantes da Hillsboro High School ficaram, por duas horas, do lado de fora da escola. Alguns até seguravam cartazes com a mensagem “o direito das garotas importa” (fazendo alusão ao mote Black Lives Matter, ou a vida dos negros importa, em tradução livre, usado nos protestos contra a violência policial).

Porém, para a aluna transgênero Lila Perry, o protesto é, acima de tudo, de ódio. “Os extremos com que isso está sendo tratado, a quantidade de ódio e desrespeito que estão vomitando, isso tudo denuncia que o ato é mais sobre ódio do que qualquer outra coisa”, afirmou Lila à People.

Segundo informações do jornal The New York Times, Perry se escondeu no escritório do orientador enquanto seus colegas de classe e pais protestavam ao redor da escola. “Eu estava preocupada com minha segurança”, contou Lila ao jornal.

Estudantes querem impedir Lila Perry de usar o banheiro feminino
Estudantes querem impedir Lila Perry de usar o banheiro feminino
Foto: Lila Perry / Facebook / Reprodução

Ainda segundo a publicação,  a estudante se identifica como uma garota desde os 13 anos e a direção da escola lhe deu permissão para usar o vestiário e o banheiro femininos no começo deste ano letivo.

Antes da decisão, Lila utilizava os banheiros unissex, de acordo com informações do site St. Louis Post-Dispatch. “Eu não estava machucando ninguém. Eu não quero usar algo para um gênero neutro. Eu sou uma garota. Eu não irei ser empurrada para outro banheiro”, a estudante declarou ao site.

Os colegas de classe não ficaram felizes com a decisão e como repúdio, ficaram do lado de fora da escola. Um oficial que trabalha no colégio disse ao New York Times não acreditar que os alunos sejam penalizados.

Perry afirma entender a preocupação das estudantes e de seus pais, mas o problema poderia ter sido resolvido de forma mais simples. “O que eu realmente acho é que se isso fosse realmente sobre um incômodo, qualquer uma poderia ter conversado comigo... Acho que tem mais a ver com as pessoas terem medo do que não entendem ou conhecem muito bem. E isso pode ter a ver com a forma como eles (os estudantes) foram criados. Muitas pessoas da minha escola foram criadas para serem fanáticas religiosas”.

Segundo o New York Times, Perry chegou a trancar as aulas de educação física, em que ela poderia usar os vestiários.

O protesto foi seguido de uma reunião entre os professores e os pais dos alunos, que se mostraram contrários ao acesso de Lila ao banheiro e vestiário femininos. Um dos pais ouvido pelo St. Louis Post-Dispatch disse que não é certo Perry ter tratamento especial enquanto as outras “garotas têm apenas que acatar isso”.

Enquanto muitos recriminam Lila, um pequeno grupo se uniu para demonstrar apoio à estudante. Uma amiga de Perry disse ao Dispatch que admira a coragem da aluna e que ela está “escolhendo uma vida para se aceitar melhor”.

Lila Perry afirmou que deseja abrir um diálogo para que outros estudantes transgêneros tenham uma experiência melhor no Ensino Médio. “É horrível que as pessoas sejam contra mim a um ponto tão extremo, não apenas na escola, mas na internet. Mas também recebi muito apoio. Parece muito surreal estar no meio de tudo isso”.

Egípcios falam sobre dificuldade de se assumir transgênero:
Fonte: Terra
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