Polêmica nos EUA, escola obriga alunas a fazer teste de gravidez
9 ago2012 - 10h02
(atualizado às 11h47)
Compartilhar
Uma escola pública de Louisiana, nos Estados Unidos, criou polêmica após exigir que estudantes façam teste de gravidez. Caso o resultado seja positivo, ou a aluna se negue a ser testada, ela será suspensa da instituição e terá os serviços oferecidos pela escola para estudar em casa. A medida fez a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) ameaçar recorrer à Justiça e a escola afirmou que poderá mudar as regras. A ACLU enviou carta à instituição dizendo que a norma viola a lei federal de 1972, que pede oportunidades iguais para ambos os sexos.
De acordo com a política da escola "qualquer estudante suspeita de estar grávida que se recuse a fazer o teste deve ser tratada como grávida e terá estudos oferecidos para serem feitos de casa. Caso a oferta não seja aceita, a estudante será aconselhada a buscar outras oportunidades educacionais". O diretor da escola, Albert Christman, afirmou que, desde 2006, quando foi implantada a regra, poucas estudantes foram afetadas. "Todas elas voltaram para a escola e terminaram os estudos", contou.
O Centro Nacional de Lei de Mulheres dos Estados Unidos relatou que muitas escolas não percebem que estudantes grávidas devem receber o mesmo tratamento que outros alunos. "Mesmo com grandes avanços para mulheres e meninas na educação desde 1972, escolas americanas continuam barrando alunos que sãos pais e alunas grávidas de atividades, expulsam eles, pressionam para atenderem a programas alternativos e penalizam os estudantes por faltas relacionadas à gestação", disse o Centro no relatório.
Hannah Ball, 24 anos, ajeita o cabelo do filho, Kain, 4 anos
Foto: The Grosby Group
A criança foi mandada para casa pela escola por causa do cabelo moicano, usado por jogadores de futebol como o inglês David Beckham e o brasileiro Neymar
Foto: The Grosby Group
A escola primária Wyken, em Coventry (Reino Unido) disse a Kain Ball que ele só poderia voltar quando o cabelo fosse cortado
Foto: The Grosby Group
A mãe da criança é cabeleireira e ficou irritada com a situação
Foto: The Grosby Group
"A primeira vez que ouvi sobre o assunto foi quando a professora da classe de Kain veio falar comigo quando fui pegá-lo após a aula", diz. O menino é autista e, como não queria mudar o corte, a mãe decidiu mantê-lo
Foto: The Grosby Group
"Como ele é autista, é difícil encontrar algo que o faça feliz. O cabelo o faz feliz, então por que eu deveria tirá-lo?", diz a mãe. Segundo Hannah, o diretor afirmou que ela assinou um acordo quando o menino entrou na escola que não permitia o uso de cabelos "exagerados". "O cabelo de Kain não é exagerado. Seria exagerado se tivesse cinco polegadas e fosse pintado de verde", defende
Foto: The Grosby Group
Derek Gardiner, diretor do colégio, defende a decisão: "A escola tem tido uma política clara sobre cabelos por um longo tempo. É parte do nosso prospecto e quando você aceita um lugar na escola, você tem que concordar com isso"
Foto: The Grosby Group
"Eu estou preocupada por Kain não estar na escola, porque ele tem necessidades especial e nós temos trabalhado duro para dar suporte a ele em com um ambiente de aprendizado de qualidade", diz o diretor. Professora sugere varada em aluno: veja mais polêmicas da educação