Pnad: homens têm maior taxa de analfabetismo
PNAD: homens têm maior taxa de analfabetismo
A taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 10,2%, enquanto a das mulheres, do mesmo grupo etário, foi de 9,8%. Esses dados foram divulados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante apresentação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2008.
No Brasil, a taxa de analfabetismo funcional masculina também era superior à feminina (21,6% contra 20,5%). Apenas nas Regiões Sudeste e Sul, as taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional das mulheres eram superiores às dos hommens.
Segundo informações da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (United Nations Educational Scientific and Cultural Organization-UNESCO), funcionalmente alfabetizada é a pessoa que pode participar de todas as atividades em que a alfabetização é necessária para o funcionamento efetivo do seu grupo e comunidade e também para lhe permitir continuar a utilizar a leitura, a escrita e o cálculo para o seu próprio desenvolvimento e da comunidade.
Segundo informações da coordenadora da pesquisa no estado do Rio Grande do Sul, Carla Costa, o alto índice de analfabetismo do sexo feminino registrado no Sul pode ser explicado pela cultura que existia de que as mulheres deveriam cuidar da casa e dos filhos,no entanto, segundo a coordenadora, essa cultura está mudando, e a prova disso é o tempo que as mulheres permanecem nos estudos, bem acima dos homens.
No Brasil, as mulheres estudavam, em média, 7,2 anos de estudo, mais do que os homens, com 6,9 anos de estudo. Entretanto, a pesquisa mostrou que em idades mais elevadas o número médio de anos de estudo dos homens era mais elevado que o das mulheres.
O estudo destacou também que 1/3 das mulheres tinha pelo menos o ensino médio completo, enquanto para os homens este número não chegou a 30%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) é realizada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para levantar informações da situação socioeconômica do Brasil, a partir da coleta de dados sobre população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento. Na Pnad 2008, foram pesquisadas 391.868 pessoas e 150.591 unidades domiciliares, distribuídas em todos os Estados e Distrito Federal.