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Plagiar ou xingar: veja o que dá nota zero na redação do Enem

Fugir do tema, copiar, insultar e desenhar podem levar à anulação do texto

1 ago 2013 - 08h00
(atualizado às 08h28)
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Nem receitas de macarrão, muito menos hino de time de futebol. A partir deste ano, segundo o Ministério da Educação (MEC), a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se tornará mais rigorosa e punirá com um zero bem redondo textos com deboches e trechos deliberadamente desconectados com o tema proposto, como ocorreu na edição do ano passado e causou críticas profundas à correção.

Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as medidas, que foram tomadas após a divulgação dos textos com gracinhas, têm como objetivo recuperar a credibilidade do exame. Na opinião de professores, a ação é correta, já que o Enem é uma prova nacional e precisa ser levada a sério.

"Essas regras que vieram restringir e dificultar o acesso são um ponto importante para a educação melhorar. Daqui para a frente, o candidato não pode mais brincar", afirma a professora de língua portuguesa do Curso da Poli Eva Albuquerque.

Com a ajuda de professores de gramática e redação e com base no edital do exame, entenda melhor em quais situações os textos podem ser anulados:

Fuga ao tema

Entre as novas regras do edital deste ano, textos que não forem coerentes com a estrutura textual dissertativa-argumentativa e que apresentarem trechos sem relação com o tema proposto configurarão “fuga ao tema” e receberão zero. Para que isso não ocorra, afirma a professora de redação e gramática do Cursinho do XI Edna Barbosa do Santos, os candidatos precisam ter segurança para escrever, o que depende de muita leitura. “Ler jornais e revistas vai fazer com que o aluno tenha vocabulário para desenvolver o seu pensamento”, orienta.

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A professora ainda ressalta três pontos essenciais para desenvolver um bom texto dissertativo: técnica, treino e conhecimento. Os dois primeiros, segundo ela, podem ser obtidos ainda na escola ou em cursos pré-vestibulares. O conhecimento, no entanto, precisa ser buscado pelo próprio aluno. “Não há professor que consiga oferecer essa parte. O aluno precisa ir atrás da informação, se atualizar”, diz.

Muito curto

A leitura também é fundamental para que o aluno não corra o risco de precisar “enrolar” no texto. Isso porque, caso não consiga escrever ou não alcance o número mínimo de linhas, o candidato terá a prova zerada. Para não se perder, portanto, o aluno deve criar uma lista, enumerando os pontos principais do texto.

“Sugiro sempre que os alunos façam uma 'lista de compras' antes de começar a escrever. Nela, coloca-se alguns tópicos, para que não se perca nenhum detalhe no que se quer abordar no texto. Feito isso, basta juntar os pontos e ordenar os fatos”, aconselha o professor de gramática e redação do Curso A4 Jeferson de Salles.

Cópia ou xingamento

Além de direcionar para o tema proposto, as coletâneas de apoio também podem se tornar grandes inimigas dos candidatos. Isso porque não é raro que os alunos acabem parafraseando ou, até mesmo, copiando partes desses textos, o que acarreta na anulação da prova.

Para a professora Edna, o uso das coletâneas precisa ser moderado. “O máximo que os alunos podem utilizar são dados estatísticos ou alguma citação de autores incluída nos textos”, orienta. Além disso, frases com impropérios, insultos ou desenhos também serão anulados.

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