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PI: em protesto, médicos fazem atendimentos gratuitos na praça

3 ago 2013 - 14h16
(atualizado às 14h21)
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Em protesto ao programa Mais Médicos, profissionais da saúde do Piauí realizaram neste sábado atendimentos gratuitos em praça pública na capital. Barracas foram montadas na praça João Luis Ferreira, no centro, uma das mais movimentadas de Teresina. No Estado, 75% das prefeituras dos 224 municípios aderiram ao programa do governo federal. 

INFOGRÁFICO: REVALIDAÇÃO DO DIPLOMA MÉDICO

Conheça a história de médicos brasileiros que se graduaram fora do País e por que é necessário revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil

 

Foram ofertados atendimentos em ginecologia, pediatria, cardiologia, saúde mental, oftalmologia, urologia, ortopedia além de testes de pressão arterial e glicemia. Os médicos distribuíram uma carta aberta ao público atacando o programa do governo federal. 

A manifestação foi organizada pelas três entidades Sindicato dos Médicos do Piauí, Conselho Regional de Medicina (CRM) e Associação Piauiense de Medicina. O presidente do Sindicato dos Médicos, Renato Leal, explicou que a atividade faz parte do calendário nacional da categoria. “Nós não concordamos com esse programa, pois ele não vai resolver o problema da saúde. É um programa eleitoreiro”, criticou. 

A aposentada Rosa Soares da Silva, 65 anos, informou que por várias vezes tentou atendimento médico no posto de saúde na vila Tiradentes e não consegue. Ela contou que é hipertensa e quando soube da atividade na praça foi mostrar os exames. "Fiz os exames desde 2012 e não consigo médico para ver meus exames. Deveria ter mais atividades como esta na praça. Já que a gente não consegue nos postos de saúde”, declarou.

Os protestos ocorrem em vários Estados brasileiros contra os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico e a medida provisória que institui o programa Mais Médicos.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

 

 

 

Fonte: Especial para Terra
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