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Para incentivar estudo de idioma, governo suspende bolsas para Portugal

O governo acredita que a barreira do idioma influência a escolha dos candidatos por bolsas em Portugal

24 abr 2013 - 18h30
(atualizado às 19h11)
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Para incentivar que bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras desenvolvam a proficiência em pelo menos uma língua estrangeira, o governo federal vai suspender neste semestre a oferta de bolsas de graduação em Portugal. O país vem sendo procurado por estudantes bem avaliados que não dominam outro idioma.

"O que nós identificamos, eles encontraram um caminho para não enfrentar o obstáculo da língua", disse nesta quarta-feira o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. No início do mês, dados obtidos pelo Terra apontavam que de 22.885  bolsistas que estavam no exterior por meio do programa de bolsas, 2.935 (ou 13%) tinha escolhido universidades portuguesas.

Na avaliação do ministro, esse cenário se dá por causa da trajetória social dos estudantes. Mas ele assegura que os bons talentos não serão impedidos por não terem tido oportunidade de estudar outro idioma. "Não vamos deixá-los para trás. Esse programa veio para fazer inclusão para quem tem talento. (...) A língua não será um obstáculo que não possa ser ultrapassado", afirmou.

Apesar da alta procura por Portugal, os Estados Unidos encabeçam o ranking de vagas ofertadas ao programa Ciências sem Fronteiras com 5,8 mil bolsas.

Para suprir a necessidade de ensino de língua estrangeira, o programa oferece curso de inglês pela internet com uma respeitada instituição internacional. O governo estuda ainda oferecer cursos de espanhol, francês, alemão e mandarim. Segundo o Ministério da Educação, o programa aumentou em 20% a demanda de cursos de idiomas no País.

Segundo Aloizio Mercadante, mesmo com dificuldades enfrentadas por parte dos alunos - muitos nunca haviam morado no exterior antes - a barreira linguística não impediu que alunos brasileiros conseguissem realizar seus estudos por meio das bolsas. "Tenho uma má notícia para os pessimistas do País: nenhum aluno voltou por problema de proficiência", afirmou o ministro.

Fonte: Terra
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