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Padilha diz que vai buscar acordos com outros países por médicos

7 ago 2013 - 18h59
(atualizado às 18h59)
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar nesta quarta-feira que o governo brasileiro irá buscar acordos com governos e universidades de outros países para facilitar a vinda de médicos estrangeiros para se instalarem em regiões carentes do Brasil.

“Vamos buscar Espanha, Portugal, Argentina (...) os países que têm o maior número de inscrições (na primeira fase do Mais Médicos). E Cuba, que já ofertou para o Ministério das Relações Exteriores. Vamos fazer as discussões agora, vamos começar a conversa", declarou o ministro Alexandre Padilha, ao participar pela  manhã da reunião do Conselho Nacional de Saúde.

Como poucos profissionais brasileiros confirmaram o interesse em participar do programa Mais Médicos, a assinatura dos acordos, segundo o ministro, é umas das opções em estudo para levar profissionais para as unidades de saúde pública nas periferias das capitais e regiões metropolitanas ou em cidades do interior com alto índice de vulnerabilidade social.

No início de maio, os governos de Cuba e do Brasil anunciaram parceria para a vinda de 6 mil médicos cubanos, o que foi criticada pelas principais entidades médicas nacionais.

Na primeira fase de inscrições do programa, encerrada no último dia 25, 938 médicos brasileiros confirmaram a participação, o que equivale a 6% da demanda dos municípios, que, juntos, reivindicaram a contratação de 15.460 profissionais. Os 1.920 médicos com diploma estrangeiro que também se inscreveram para participar do programa têm até esta quinta-feira para completar o cadastro. No dia 15 de agosto, o programa vai abrir uma nova etapa de inscrições para municípios e médicos.

“Conseguimos (cerca de) mil médicos que vão atender 4 milhões de brasileiros em periferias das grandes cidades. Isso mostra que precisamos reforçar a convocação nos próximos meses e pensar em outras estratégias”, disse o ministro, comentando outra iniciativa do governo para reforçar os quadros do Sistema Único de Saúde (SUS): a autorização para que médicos militares possam atuar, nas horas livres, em unidades públicas de saúde da região onde vivem. A autorização está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122, que foi votada e aprovada hoje no Senado.

“A possibilidade de aprovação da liberação de médicos militares para atender à população (no SUS) é mais uma demonstração de que queremos trazer médicos brasileiros, em primeiro lugar, para a população que mais precisa”.

Atualmente, as inscrições de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos só podem ser feitas individualmente, pelo próprio interessado, mas o ministro argumentou que a assinatura de acordos e convênios está prevista na Medida Provisória (MP) 621/13, que institui o programa.

“Desde o começo, isso (assinatura de acordos) faz parte da estratégia do Mais Médicos. A própria Medida Provisória já previa essa possibilidade”, lembrou o ministro.

No Artigo 17, a MP 621 estabelece que, para a execução das ações previstas, os ministérios da Educação e da Saúde poderão firmar acordos e outros instrumentos de cooperação com organismos internacionais, instituições de educação superior nacionais e estrangeiras, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, consórcios públicos e entidades privadas, inclusive com transferência de recursos.

Entenda o 'Mais Médicos'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Agência Brasil Agência Brasil
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