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Padilha critica presidente do CRM-MG: não admitimos xenofobia

26 ago 2013 - 12h38
(atualizado às 14h59)
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, elevou o tom nesta segunda-feira contra as declarações do presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), João Batista Gomes Soares, que orientou os profissionais do seu Estado a não socorrer eventuais erros de médicos cubanos. Segundo o ministro, o governo federal não vai admitir tal postura, nem incitação à xenofobia.

“Repudio, lamento veementemente a declaração do presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais de recomendar os médicos a não atenderem. Não sei em que código de ética médica, em que juramento ele se baseou para fazer uma declaração como essa”, disse o ministro a jornalistas, garantindo confiar nos médicos mineiros. 

“Isso nós não vamos admitir. Como também não admitimos qualquer incitação ao preconceito ou à xenofobia”, acrescentou o ministro. O programa Mais Médicos foi recebido com resistência pelas entidades médicas brasileiras.

Sobre as ameaças de diversos Conselhos Regionais de Medicina, que declararam que não emitirão o registro profissional provisório sem a aprovação dos estrangeiros no exame para revalidação de diploma, Padilha garantiu que o governo está amparado em lei. “A Medida Provisória (que institui o programa) é lei e lei deve ser cumprida. Temos segurança jurídica disso”, afirmou.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas foram oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- Com o não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitou a candidaturas de estrangeiros - incluindo convênio com Cuba para a vinda de 4 mil médicos. Eles não precisam passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro vai atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- O programa também prevê a criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
 

Fonte: Terra
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