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Estudantes lançam foguetes em jornada científica no Rio

13 out 2012 - 17h02
(atualizado às 17h04)
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Estudantes e professores de diversas regiões do país vão participar da 4ª edição da Jornada de Foguetes na semana do dia 15 de outubro na cidade de Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro. Cerca de 500 pessoas serão esperadas para o evento. Além de material didático, os vencedores receberão um troféu em formato do foguete brasileiro Sonda III. Nos anos anteriores, eram réplicas do VLS (Veículo Lançador de Satélites).

Troféu em formato do foguete brasileiro Sonda III será prêmio dos vencedores de 2012
Troféu em formato do foguete brasileiro Sonda III será prêmio dos vencedores de 2012
Foto: Divulgação

A iniciativa é da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e conta com o apoio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Agência Espacial Brasileira (AEB), da Fundação Marcos Pontes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O programa ainda contará com palestras de astrônomos e especialistas em astronomia e astronáutica, além de oficinas didáticas. As atividades darão destaque especial à fabricação e à utilização dos foguetes brasileiros na área de pesquisa espacial.

Os grupos foram selecionados a partir da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), antiga Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBFOG). A edição de 2012 recebeu, aproximadamente, 40 mil participantes. A MOBFOG é aberta aos alunos de escolas públicas e privadas, e tem a finalidade de avaliar a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet ou de canudo de refrigerante.

Somente os participantes do nível 4 (projetos de foguetes de garrafa pet) são convidados para a Jornada. Além da distância dos protótipos, registrados em vídeo, os trabalhos também são avaliados por meio dos relatórios enviados pelos estudantes e professores à coordenação da Mostra. Caso a escola esteja dentro das regras e atinja o objetivo, é indicada.

Gincana científica

Durante o evento, os participantes vão apresentar os foguetes de garrafa pet que construíram para MOBFOG. Os projetos serão lançados numa pista de pouso de um hotel-fazenda. Para a execução da prova, o material é devidamente fixado na base, que deve ser presa ao chão com grampos. Numa inclinação de 45º, será apontado numa direção livre de pessoas, árvores altas, fios elétricos, móveis, estabelecimentos ou residências, mantendo todos afastados num diâmetro de 10 metros.

Para o combustível, usa-se a força de empuxo gerada a partir do gás produzido pela mistura química de vinagre com bicarbonato de sódio (fermento em pó). Os vencedores serão definidos a partir da combinação ideal entre o volume do material, a quantidade e o tamanho das aletas, o ângulo de lançamento, a direção do vento e o tamanho e o peso do foguete.

Os foguetes funcionam baseados na Lei de Newton, a lei da ação e reação. Eles consistem, basicamente, em um projétil que leva combustível - sólido ou líquido - no seu interior. Esse material é queimado progressivamente na câmara de combustão, gerando gases quentes que se expandem. Esses, por sua vez, são expelidos para trás por um bocal (abertura na traseira). Nesse momento, ocorre uma reação na parede interna da câmara oposta ao bocal. Essa reação - à qual damos o nome de empuxo - e a expulsão dos gases empurram o foguete para frente.

Segundo Pâmela Marjorie Coelho, coordenadora da MOBFOG, o objetivo do evento é estimular a investigação científica na área de Física ligada à Engenharia de Foguetes, Aeroespacial e Astronáutica: "A ideia é envolver os participantes num problema sem solução predefinida e que depende essencialmente da experimentação", afirma.

"Toda a física deve ser ensinada aos estudantes através da experimentação e da investigação. Por meio da Mostra e da Jornada de Foguetes, pretendemos instigar o interesse pelas atividades científicas de maneira prática nas escolas. É um erro os jovens 'conhecerem a ciência' somente pela teoria, argumenta a coordenadora.

Pâmela afirma ainda que as atividades do evento serão basicamente lúdicas e que vão exigir interação entre os grupos: "Os alunos vão usar e desenvolver suas habilidades manuais e trabalhar com a imaginação para construir o foguete e sua base de lançamento e, assim, fazer com que os projetos alcancem a maior distância horizontal possível".

INFOGRÁFICO

A evolução dos foguetes
Veja a evolução dos foguetes com uso científico e algumas das principais mudanças desde sua criação até os equipamentos utilizados nos dias de hoje.

Fonte: Terra
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