Professores de Chicago iniciam a primeira greve em 40 anos
10 set2012 - 10h32
(atualizado às 12h21)
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Os professores das escolas públicas de Chicago, no norte dos Estados Unidos, iniciaram uma greve nesta segunda-feira - a primeira em 40 anos - por aumento salarial, um melhor sistema de avaliação e maior segurança no emprego. "Nós não conseguimos chegar a um acordo que pudesse evitar a greve", explicou Karen Lewis, presidente do Chicago Teachers Union, o sindicato dos docentes da cidade (CTU, na sigla em inglês).
A paralisação do trabalho envolverá cerca de 25 mil professores e pode afetar cerca de 350 mil alunos, do pré-escolar até turmas de ensino médio.
Os professores exigem um reajuste de 30% dos salários em compensação à extensão da jornada de trabalho, mas, no decorrer das negociações, deram a entender que poderiam aceitar um aumento menor em troca de um sistema de avaliação mais flexível. Também pedem a instituição de um sistema de recontratação dos professores que permanecem desempregados após o fechamento das escolas em que ministravam aulas.
Milhares de estudantes e professores realizam nesta terça-feira uma grande marcha pelo centro de Santiago, em uma nova manifestação convocada para exigir uma reforma no sistema educacional e que busca demonstrar a coesão dos movimentos sociais neste tema
Foto: Mario Ruiz / EFE
A marcha foi convocada pela Confederação de Estudantes do Chile e por associações de estudantes de ensino médio, e teve adesão do Colégio de Professores e da Central Única de Trabalhadores
Foto: Mario Ruiz / EFE
Os manifestantes se reuniram em frente à Universidade de Santiago, no oeste da cidade, e, segundo a AFP, avançavam pacificamente pela central Avenida Alameda
Foto: Mario Ruiz / EFE
Os estudantes exigem uma profunda reforma no sistema educacional chileno, herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu para menos da metade as contribuições públicas à educação e incentivou a inclusão do ensino particular