Manual traz dicas para alimentação saudável em escolas particulares
Manual traz dicas para alimentação saudável em escolas particulares
O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira em Porto Alegre o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis: promovendo a alimentação saudável. O objetivo é incentivar as escolas particulares a oferecer lanches menos calóricos e com maior valor nutritivo aos alunos e assim diminuir a incidência da obesidade infantil. O manual traz diversas orientações às instituições de ensino, como substituição de alimentos fritos por assados e industrializados por opções mais naturais e livres de conservantes.
A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica assinado entre o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), que tem de perto de 18 mil escolas associadas.
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009 (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34,8% das crianças com idade entre 5 e 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.
Já na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso - em 1970, este índice estava em 3,7%. Neste grupo, o índice de massa corporal (IMC) - razão entre o peso e o quadrado da altura - deve ficar entre 13 e 17. A manutenção do peso adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta.
Os maus hábitos alimentares dos estudantes brasileiros também podem ser constatados nos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE/2009). A avaliação apontou que apenas um terço dos alunos matriculados no ensino fundamental da rede privada consome frutas e hortaliças em cinco dias ou mais na semana. Já refrigerantes e frituras fazem parte da rotina alimentar de 40% dos alunos.
Os hábitos ruins da infância podem se refletir na idade adulta. Nos últimos seis anos, o Brasil tem aumentado o percentual de pessoas acima do peso. De acordo com o Vigitel, a proporção de adultos com sobrepeso avançou de 43%, em 2006, para 49%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.