PUBLICIDADE

Sem acordo, greve de professores federais completa 3 meses

17 ago 2012 - 12h14
(atualizado em 24/8/2012 às 08h35)
Compartilhar

A greve dos professores de universidades e institutos federais do País completa três meses nesta sexta-feira, 17 de agosto, marcada pela negociação entre o governo federal e professores, que continua sem acordo. A última proposta, apresenta no dia 24 de julho, foi aceita somente por um dos sindicatos. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e os Representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) apontam que a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais.

A Andes e os representantes do Sinasefe, se posicionaram contrários à nova oferta. Já para o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Eduardo Rolim, a proposta atendeu aos 15 itens solicitados. O Proifes, que representa apenas 7 das 59 universidades, assinou acordo com o governo no dia 1° de agosto, mas enfrenta resistência dos sindicatos conveniados, como é o caso dos docentes das universidades federais do Ceará, que decidiram em plebiscito continuar com a greve e aprovam consulta sobre desfiliação do Proifes .

O Ministério da Educação (MEC) chegou a apresentar duas propostas aos sindicatos e, após a negativa de acordo, enviou uma circular aos reitores na qual reafirma que a negociação com os professores grevistas acabou e não há "qualquer possibilidade de reabertura".

Segundo o MEC, o Ministério do Planejamento vai enviar ao Congresso no final de agosto - na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - a proposta de carreira aos professores das instituições de ensino superior federais.

No entanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) protocolou na quinta-feira no Palácio do Planalto uma carta dirigida à presidente Dilma Rousseff pedindo reabertura imediata das negociações. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretária-geral da Presidência da República confirmou que o documento foi entregue e encaminhado ao gabinete da Presidência e aos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento.

Proposta

Na nova proposta, permanece a valorização da dedicação exclusiva e da titulação de doutor, mas é ampliado o reajuste dos docentes sem doutorado, especialmente daqueles com mestrado. O aumento mínimo concedido passa a ser de 25%. A proposta anterior era de 12%. Os reajustes serão aplicados em março de 2013, de 2014 e de 2015. Antes, ocorreriam em julho, maio e março, respectivamente. Veja no quadro abaixo as propostas:

A greve nas universidades federais prejudica também os alunos na hora da alimentação
A greve nas universidades federais prejudica também os alunos na hora da alimentação
Foto: Renata Crawshaw / Terra
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade