Protestos estudantis deixam 75 presos e 49 feridos no Chile
9 ago2012 - 14h36
(atualizado às 14h43)
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Ao menos 75 pessoas foram presas e 49 policiais ficaram feridos em um marcha estudantil no Chile que não havia sido autorizada pelo governo. Manifestantes e policiais entraram em confronto na última quarta-feira, quando estudantes tentaram passar pela Alameda, uma das principais avenidas da capital do país, Santiago.
A intendente da região metropolitana de Santiago, Cecilia Pérez, criticou os dirigentes que convocaram a marcha, dizendo que foi uma "irresponsabilidade". "A irresponsabilidade desses dirigentes que insistiram em convocar a marcha levou ao que sempre acontece nessas convocatórias de movimentos políticos: destruição e violência", disse Pérez.
Segundo ela, três ônibus públicos também foram incendiados e várias propriedades sofreram danos. "Mas o mais grave é o temor dos cidadãos, trabalhadores e famílias que cumprem suas rotinas", afirmou.
De acordo com o Ministério dos Transportes, manifestantes encapuzados interromperam a passagem dos ônibus e obrigaram os motoristas e passageiros a deixar o veículo para, em seguida, incendiá-los.Faltando cálculos oficiais, a estimativa é que a frustrada passeata tenha reunido cerca de cinco mil pessoas. A mobilização foi respaldada pelos universitários, agrupados na Confederação de Estudiantes do Chile (Confech).
A última grande manifestação, a terceira deste ano organizada pela Confech, reuniu no último dia 28 de junho mais de 100 mil pessoas em Santiago. Os jovens protestam contra o sistema imposto em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu a participação do Estado na educação, e pedem um modelo público, gratuito e de qualidade.
Com informações das agências Ansa e Efe
Ônibus é queimado durante protesto contra as políticas do governo chileno para a educação
Foto: Reuters
A polícia chilena dissolveu no centro de Santiago uma concentração de estudantes do ensino médio que pretendiam marchar por um trajeto não autorizado pela prefeitura, o que gerou violentos distúrbios
Foto: Reuters
No momento em que os estudantes tentavam avançar rumo à Alameda, os policiais usaram jatos de água e gás, além de guardas montados em cavalos, para dispersar a multidão, que por sua vez contra-atacava com pedras e outros objetos
Foto: Reuters
Faltando cálculos oficiais, a estimativa é que a frustrada passeata tenha reunido cerca de cinco mil pessoas. A mobilização foi respaldada pelos universitários, agrupados na Confederação de Estudiantes do Chile (Confech)
Foto: Reuters
Os estudantes queriam marchar pela Alameda, principal avenida da capital, mas a prefeitura desprezou essa solicitação e propôs dois percursos alternativos que foram rechaçados pela Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino médio (ACES), organizadora da passeata
Foto: Reuters
Com a intenção de transitar pela Alameda, os jovens se concentraram a partir das 10h locais (11h de Brasília) nas calçadas da Plaza Itália, ponto nevrálgico de Santiago, e a tensão se elevou quando os estudantes começaram a ocupar a calçada e interromper o trânsito
Foto: Reuters
A última grande manifestação, a terceira deste ano organizada pela Confech, reuniu no último dia 28 de junho mais de 100 mil pessoas em Santiago
Foto: Reuters
Os jovens protestam contra o sistema imposto em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu a participação do Estado na educação, e pedem um modelo público, gratuito e de qualidade