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Líder chileno leva ao Congresso reforma para custear educação

27 abr 2012 - 14h17
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O governo do Chile propôs na quinta-feira à noite uma reforma tributária abrangente que aumente os impostos das empresas para ajudar a custear uma melhoria na educação, enquanto busca apaziguar os protestos antes das eleições que servirão como balão de ensaio para a corrida presidencial de 2013.

Camila foi considerada personalidade do ano de 2011 pelo jornal inglês The Guardian
Camila foi considerada personalidade do ano de 2011 pelo jornal inglês The Guardian
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra

O presidente Sebastián Piñera, de centro-direita, disse que seu projeto de lei de reforma tributária, que ainda precisa de aprovação do Congresso, aumentaria o imposto de renda das empresas para 20% e diminuiria o imposto sobre o crédito, o que elevaria o recolhimento anual de impostos para um valor entre 700 milhões de dólares e 1 bilhão de dólares.

O projeto de lei, a ser apresentado ao Congresso na segunda-feira, também procura eliminar distorções na tributação, incorpora taxas "verdes" em produtos poluidores e inclui um mecanismo de aplicação de impostos variável para proteger os consumidores das oscilações no preço do petróleo.

"Vamos pedir um esforço adicional das empresas aumentando seu imposto de renda de 17 para 20%", disse Piñera em discurso televisionado à nação.

"Além disso, uma série de isenções ou distorções que vinha reduzindo o recolhimento de impostos e não tem justificativa será corrigida ou eliminada".

Em 2011 o Chile assistiu a uma onda de manifestações de rua exigindo educação melhor e gratuita, regulamentação ambiental mais severa e maior equanimidade econômica, o que derrubou a taxa de aprovação de Piñera para magros 29% em março, de acordo com a empresa de pesquisa Adimark. Com isso, ele se tornou o líder mais impopular desde o final da ditadura do general Augusto Pinochet, em 1990.

"Herdamos um sistema de financiamento ruim para a educação superior.... a reforma tributária nos permitirá financiar (a reforma na educação) de maneira séria e sustentável", acrescentou o mandatário. Cem por cento da renda adicional coletada por esta reforma será destinada ao financiamento da reforma educacional".

Com essas medidas o governo chileno busca aplacar as fortes manifestações estudantis do ano passado, as quais foram retomadas com força nesta semana para exigir melhorias no ensino público.

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