vc repórter: sustentável, escola de SC faz paredes com caixas de leite
A Escola Básica Municipal Visconde de Taunay, na cidade de Blumenau, Santa Catarina, resolveu inovar e usar a sustentabilidade para encerrar um grande problema nas salas de aula. As altas temperaturas no interior das classes eram motivo de muita reclamação por parte dos alunos, mas a escola fez alguns estudos e irá instalar mantas feitas de caixas de leite nas paredes.
Em contato com o Terra, a diretora Roseli de Andrade afirmou que apenas com cortinas feitas com esse material a temperatura das salas já diminuiu cerca de 2ºC. Estima-se que com a instalação de paredes com caixas de leite, que deve ficar pronta nos próximos dias, a temperatura caia mais 8ºC.
"É um projeto de nossa escola sustentável. Estamos trabalhando o reaproveitamento de materiais e as caixas de leite têm várias funções. Fizemos uma reunião e um dos parceiros, que é um artista plástico, sugeriu fazer essas mantas", afirmou Roseli. De acordo com a diretora, as caixas são abertas, lavadas, secas e costuradas para que não tenham passagem de calor e frio.
A sustentabilidade é a marca da Visconde de Taunay. Além das caixas de leite nas paredes e cortinas, a escola tem também campanhas de redução do lixo em sala de aula. Outro ponto que a escola faz questão de ensinar aos alunos é o reflorestamento. No último sábado foi feito o plantio de 100 mudas de árvore na região do estacionamento da escola, dando origem ao Quintal Biodiverso.
"Nosso próximo passo é construir bancos, mesas e cadeiras com a própria terra tirada do local. Essa técnica chama-se Adobe. Duas professoras irão para Goiás fazer um curso sobre essa maneira sustentável de construir móveis e até mesmo casas. Usaremos a pintura natural nesses objetos", afirmou Roseli.
A Visconde de Taunay trabalha com crianças de 5 a 14 anos e procura ensinar conceitos de sustentabilidade em todas as disciplinas. "Usar os recursos naturais para o bem-estar nesse momento e causar o mesmo bem-estar a futuras gerações. Esse é nosso conceito. Não podemos prejudicar as futuras gerações. Queremos que essas ações saiam dos muros da escola e passem para as casas dos alunos, depois para o bairro, para outras cidades e para o País todo. Não temos que esperar o governo. Isso tem que vir de baixo para cima e não de cima para baixo".
O internauta Jaime Batista da Silva, de Blumenau (SC), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.